"Artistas de Itararé, Cidade Poema"

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Os Dez Maiores Artistas de Itararé, Ano 2011

Dez Maiores Artistas de Itararé















01)-Maestro Gaya







02)-Jorge Chuéri







03)-Irmãs Pagãs







04)-Paulo Rolim







05)-Silas Correa Leite







06)-Paschoal Melillo







07)-Rogéria Holtz







08)-Dorothy Janson Moretti







09)-Regina Tatit







10)-Armando Merege







Itararé, Bonita Pela Própria Natureza

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Nosso Amor já Tem Cem Anos

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Desmoralização da Cultura Brasileira - Paulino Rolim de Moura

Palácio Vadico, Legislativo Municipal Itararé



Crônica/Artigo/Opinião



A DESMORALIZAÇÃO DA CULTURA BRASILEIRA – Paulino Rolim de Moura



Parafraseando uma grande citação clássica, mesmo se eventualmente não concordasse com alguma circunstancial posição que o visionário Ecologista e Promotor Cultural de renome, o Jornalista Paulino Rolim de Moura defendesse, exemplificasse ou conduzisse criticamente sob determinado viés ou enfoque técnico-político, no entanto, confesso que defenderia até a morte o direito que ele tem de se pronunciar, até de livre expressão (prevista na Carta Magna Constitucional) não apenas (e também) como titular fundador do primeiro tablóide tupiniquim de vanguarda sob a ótica da Ecologia e de denúncias importantes e verdadeiras, O TROMBONE, como também pela experiência de, fazer-se valer da vox populi para expressar seu desprezo, sua mágoa, sua transparente revolta contra os maus brasileiros que vêm afundando cada vez mais o nosso tal berço esplêndido eternamente a espera de ser um país de um futuro que nunca chega para os fracos & oprimidos, a maioria absoluta da carente população e sua periférica "sociedade anônima".

Quando a Folha de São Paulo, tido como um dos melhores e mais democráticos jornais do Brasil, publicou, ao final de um ano passado aí, uma lista dos dez melhores livros, trabalhos ou o que quer que fosse, da literatura poética mundial, estranhou-me sobremaneira a ausência de mais nomes de ilustres brasileiros talentosos dentro do próprio processo histórico como um todo.

Afinal, não devemos ser xenófobos, mas também não temos que assinar assim, aleatoriamente, embaixo do que prega grande parte da mídia nacional ou internacional, sempre bancada por agiotas do acumulativo e inumano capital estrangeiro, exóticos emboabas interesseiros que bobamente repetimos como se fôssemos macacos-amebas nessa continental "terra brasilis".

Já não chega sermos dopados com a horrenda "music" comercial (pastiche) norte-americana de terceira categoria, os filmecos de ufanismos e agressões prepotentes (violência generalizada), as guerras sazonais para desviar entreveros sexuais no salão oval de um ex-presidente depravado, e ainda temos que agüentar nomes que mal nutrem o ratar tantã de nossos consumidores do alheio, a qualquer custo, a qualquer preço?

Pois, nessa época dos Melhores, dos Tais do Milênio, novamente o Jornalista idôneo e lúcido, Paulino Rolim de Moura, põe o dedo na ferida da desvalorização da cultura brasileira, entregue que estamos hoje à mesmice "online" de um neo-esoterismo fora de propósito maior do que o lucro puro e simples.

E nesse famoso tablóide denominado O Trombone, numa edição de Janeiro de 2.000, Paulino Rolim de Moura, ferino mas verdadeiro, ao seu estilo, seu famoso modus operandi (vanguarda é transparência é outra coisa), senta a pua em cima dos tais "melhores" só porque alguém quer, não porque realmente é ou deveria ser. Onde já se viu?

Esqueceu, a Folha de São Paulo, Poetas como João Cabral de Melo Neto, Hilda Hist, Jorge de Lima, Vinícius de Morais, Carlos Nejar, Manoel de Barros, só para citar alguns, de passagem, claro. E lá estava apenas e tão somente o esplêndido Carlos Drumond de Andrade. Pergunto: e os outros?

A poesia brasileira, quer queiram, quer não, faz séculos que está entre as melhores do mundo. Coloquem-na em confronto com Brecht, Neruda, Pessoa, Maiakowski, Rilke, Ezra Pound, Whitmam, Yeats, Garcia Lorca, José Martí, e verão que lá estamos nós, se não num eventual (por época, tipo, estilo, montante, crista da onda, luzes da ribalta, etc.) num empate técnico, quando não dando de dez a zero.

Por que esse puxar o caroço arigó (e jeca) para o hambúrguer de minhocas dos outros?. Parece coisa de babaquara com o pé na cozinha de um nhennhenhen janota, boçal e paquidérmico. Para dizer o mínimo.

Se a Poesia brasileira é uma das melhores do mundo, que bonito é passar-se por pseudo-erudito, fazendo citações em inglês prosaico, francês arcaico, enquanto nossos "gerentes editoriais" (SIC) desprezam livraços de autores nacionais, inclusive premiados ou mesmo com trabalhos elogiados e expostos no exterior, no primeiro mundo? Cada editora chinfrim de país periférico tem o seu "avaliador" editorial que merece? Deve ser isso.

A literatura brasileira, salvo honrosas exceções (e óbvios ululantes) hoje vive de panelinhas. A Folha de São Paulo é apenas uma delas?. Só publica a tchurma da casa, a trupe atrelada de mala e cuia. Mas existe ainda muita luz além desse túnel, na periferia sociedade anônima, por exemplo, que é a arte marginal, ritmos & blues, underground, como se diz.

Em São Paulo a João Scortecci Editora vem lançando autores novos a honestos preços módicos e parcelados. A Editora Ciência do Acidente também arrebenta espaço sério pelaí. No Rio de Janeiro a Sette Letras, o Jornal Blocos (ótimo!), no Sul a Editora Grafite e, no Paraná teve um brilho passageiro (será que ainda resiste?) a Lagarto Editores. Poetas do calibre de Castro Alves, Guilherme de Almeida e Paulo Bonfim foram esquecidos. Então a lista dos "dez mais" não era séria? Até porque, muita poesia dita moderna nem chega a ser poesia.

E, muita poesia rotulada (mal rotulada?) de neoconcretista ou coisa que o valha, nem prosa poética chega a ser, pois, até mesmo funde uma bronca (e reles, ignóbil, vil) anti-Poesia propriamente dita.

É por isso que, hoje, parafraseando uma adágio antigo, dizemos que, um país como o Brasil se faz "com fome e gringos?" E as privatizações-roubos? E a prostituição infantil e política (liberal)? E a corrupção endêmica institucionalizada em todos os níveis? E o Estado Público propositadamente falido (na verdade sempre foi privado)? E as Riquezas Injustas (São Lucas), Riquezas Impunes (Millôr Fernandes)? E o neoliberalismo câncer que só globaliza a miséria absoluta, quando a tal "modernização" apenas provoca insanas demissões e, com isso, as ações ganham preço alto no mercado?

Que raio de capitalhordismo selvagem e amoral é esse? O Futuro ao FMI pertence.

Pior: e as músicas escolhidas pela Rede Globo (engodando-nos com seu "open-doping" – lavagem cerebral) como se as melhores? Uma vergonha. Esqueceram – tiveram a coragem de – excluir o Trem das Onze (Adoniram), Como Nossos Pais (um hino-poema de uma geração, de Belchior), Casa no Campo (de Zé Rodrix e parceiros), Nas Asas da Panair (de Milton Nascimento), Romaria (Renato Teixeira), Que as Crianças Cantem Livres (Taiguara), As Curvas da Estrada de Santos (Roberto Carlos) Se Eu Quiser Falar com Deus (um belíssimo "spiritual" do talentoso Gilberto Gil), No Tempo dos Quintais (Sivuca e companhia), Gente Humilde (Canhoto, Vinícius e Chico Buarque), O Índio (um achado lítero-filosofal de Caetano Veloso), A Banda (de Chico Buarque de Holanda), Viola Enluarada e tantos outros sucessos, apelando a direção global (plim-plim) ao carioquismo de embuste, ridículo, rigor "formol", pseudo-modernoso...

E lá vem uma nova lista dos Dez Mais Craques de Futebol, e aí vão engolir tipinhos como Edmundo, o Animal, o inconseqüente baixinho Romário, e, com certeza – com tantos outros disparates – algum zé-manés. E ainda tivemos de, mesmo que de forma temporária (olha a lama!) conviver com o – salve-se quem puder – sorriso de lagarto do Roberto Campos na Academia de Luto, quero dizer, de Letras. Charles de Gaulle tinha realmente razão. E o restinho de um "brazyl" continua nada sério, ainda. Fome e progresso? Que Deus tenha piedade de nós.

Concordo em gênero, número e grau com o brasileiríssimo Paulino Rolim de Moura, cutucando onça globalizadamente servil e estúpida com vara curta, brigando com oligopólios da chamada "mídia atrelada", pois, sabemos muito bem (somos politizados para tanto?) que foi ela, a suspeita Mídia, quem elegeu Collor e FHC (Um Fernandinho janota sem partido e um outro Fernandinho boçal com seu tucanato murista cheio de covas,), enquanto, também – e mostrando a cara da incompetência ética (ou sem visão social-plural-comunitária) – publica artigos pamonhas (...) de Paulo Maluf, o maior corrupto do Brasil desde 1500 que, em qualquer país do mundo estaria preso (no país de origem de sua famiglia teria as duas mãos cortadas), e aqui tem espaço livre, e estranhos "arquivamentos" de demoradíssimos (SIC) processos por intermédio de um desembargador no mínimo suspeito. Vade Retro.

Assim, parabenizo O Trombone e Paulino Rolim de Moura. Como poeta é todo aquele que respira pelo fio da navalha da criação (feito antena da época, para citar Rimbaud), que ele continue ativo, dinâmico e verdadeiro, sendo um lutador contra tantas erranças de falsas sabenças, apontando O Trombone para os que pensam que pensam, os que acham que são o que não.

Se a verdadeira Cultura brasileira sobrevive às duras penas, é porque existem guerreiros como ele, sem ligações espúrias com falsos mecenas, com falsos "artistas" de panelas, em terras de Tiazinhas, Feiticeiras, "bunda-music", Hebes-Amebas, Timóteos e Hildebrandos-Nayas de ninho de escorpiões espúrios. Em terra de cego, quem tem olho monta literatura neo-consumista? Deve ser isso.

Eu por mim, prefiro Pixinguinha a Reginaldo Rossi, Manuel Bandeira a emboabas tirados da cartola pouco humana do Tio Sam com seus mil muros de negligências sociais, embustes financeiros e dominios improbos já notadamente em começo de declínio.

E sai de baixo.
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Poeta Silas Corrêa Leite - Membro da UBE-União Brasileira de Escritores – Diretor Cultural do Elos Clube/Comunidade Lusíada Internacional. Correspondente em Sampa do jornal O Guarani, de Itararé-SP. Colabora com vários sites, jornais, revistas, suplementos de cultura, etc. Sites pessoais: www.poetasilas.hpg.com.br – www.silaspoeta2222.kit.net
E-mail: poesilas@terra.com.br – Livro ELE ESTÁ NO MEIO DE NÓS (Romance Místico Virtual) no site: www.hotbook.com.br/rom01scl.htm


Box:

Paulino Rolim de Moura
Titular de O Trombone (jornal tablóide) e Boletim Nacional (Suplemento Literário)
Endereço para contatos:
Paulino Rolim de Moura: Rua Pechi, 71 – São Paulo/SP/Brasil – CEP: 03733-050
Fone: 0xx-11-6641-5937 ou 6641-5937
E-mail Recados (Secretária Neusa Buscko: buscko@terra.com.br)

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Paulino Rolim de Moura atualmente está promovendo uma votação entre intelectuais, jornalistas, escritores e autoridades culturais idôneas, para a sua indicada ao Prêmio Nobel de Literatura, a famosa Poeta Elisa Barreto, de renome nacional, em confronto ao nome oportunista de Ferreira Gullar recentemente bancado por uma panelinha carioca, querendo forçosamente oficializar mais um embuste à já desmoralizada cultura brasileira. Maiores informações, contatem os endereços constantes no box acima indicado. Contatem e assinem as publicações.

Crônica de 2002 – Extraído do Site Usina de Letras

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