"Artistas de Itararé, Cidade Poema"

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Capital Artístico-Cultural Boêmica do Sul de São paulo

BLOGUE ARTISTAS DE ITARARÉ CHÃO DE ESTRELAS

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Clã dos Fanáticos Por Itararé, Cidade Poema

Palco Iluminado de Andorinhas Sem Breque

Os Dez Maiores Artistas de Itararé, Ano 2011

Dez Maiores Artistas de Itararé















01)-Maestro Gaya







02)-Jorge Chuéri







03)-Irmãs Pagãs







04)-Paulo Rolim







05)-Silas Correa Leite







06)-Paschoal Melillo







07)-Rogéria Holtz







08)-Dorothy Janson Moretti







09)-Regina Tatit







10)-Armando Merege







Itararé, Bonita Pela Própria Natureza

Itararé, Bonita Pela Própria Natureza
Nosso Amor já Tem Cem Anos

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Biografia de SPC-Sebastião Pereira Costa de Itararé





Sebastião Pereira Costa - Biografia do Escritor, Jornalista, Romancista e Crítico Social de Itararé

Sebastião Pereira da Costa, o popular “SPC” como é conhecido, nasceu no bairro de Santa Cruz dos Lopes, distrito de Itararé, à beira do rio do mesmo nome, num rancho de pau a pique na Fazenda Pinhal Formoso que nem vestígio deixou, após ser demolido antes que desabasse pela idade. Nasceu pesando menos de dois quilos, isso preocupou sua mãe, dona Aurora, ela achava que aquele tiquico de gente não ia vingar; que a primeira dor de barriga ia matar o seu pimpolho. Era 24 de outubro, dia chuvoso, faltando um ano para Hitler subir ao poder na Alemanha e Salazar em Portugal, dois ditadores que não deixariam saudades. Devota de São Sebastião, a mãe pediu que o santo não deixasse o seu guri morrer que ela o batizaria com o nome dele. Isso deu tão certo que até hoje ele vive com saúde. O menino cresceu belo e formoso pelas imediações da Rua 28 de Agosto, conhecida como zona do meretrício. Alfabetizou-se no Grupo Escolar Tomé Teixeira com a professora Luiza Pimentel Merege após muitos puxões de orelhas, beliscões e sopapos. E foi escoteiro sob o comando do “seu” Peppo, o velho e bom italiano. Devido seu pai, conhecido por Napoleãozinho, de porte frágil, que vivia pulando de galho em galho atrás de trabalho, o menino teve de continuar o primário em escolinhas de sítio, Santa Cruz e Ibiti, até retornar ao Tomé Teixeira para se formar com diploma, madrinha e tudo, no mesmo ano em que acabou a Segunda Guerra e o Estado Novo de Getúlio Vargas. Fazia um ano que sua mãe falecera de parto em 1944. Sebastião e o pai, então, foram morar na Fazenda Ibiti, do grupo Correa e Castro, até que um acidente de cavalo matou seu pai em agosto de 1946. Como não tinha parentes, nem ninguém com quem ficar, ele foi embora para São Paulo morar com uma comadre de seus pais, onde, então, aprendeu a tomar banhos diários de chuveiro, escovar os dentes, usar sapatos e a comer macarronada com garfo e faca sem chupar o macarrão. Desde criança ele gostava de cantar; acreditava que sua vocação era de ser cantor de rádio, entretanto, enquanto não conseguia lugar na ribalta radiofônica cantando em programas de calouros em São Paulo, aprendia o ofício de serralheiro de martelo na mão e um choroso bolero no gogó a cultivar a esperança de um dia ganhar espaço entre os astros da canção. Isso, até bater a vontade louca de casar, de encontrar alguém que o acalentasse nas noites frias de inverno, e nas de verão também, fato aparentemente corriqueiro, mas que nos anos 50 era de tremenda importância para os jovens fogosos que não tinham como se desafogar com a namorada, tinha de casar primeiro. Casado ele passa de virtual cantor das multidões para o de um pacato pai de família (tempo em que o homem ainda era chefe da casa) com pijama, chinelo, muitos livros e uma carreira de cantor encerrada para sempre. Dorothy, sua digníssima esposa, todavia, muito se esforçou a fim de conseguir frear os arroubos artísticos do mancebo, mantendo-o doravante com rédeas curtas, curtíssimas. Entretanto, sem televisão – que ainda não existia – a mesmice conjugal e a leitura de tantos livros acabaram aguçando o seu espírito a ponto de ele chegar à conclusão de que deveria aproveitar o tempo para moralizar o mundo, que o melhor meio era o jornalismo e que deveria começar por Itapeva. Ele nunca tinha escrito nada, sequer fizera o ginásio, mas a audácia e o orgulho do seu santo padroeiro aumentaram-lhe a petulância a ponto de numa quarta-feira de 1959 tascar um artigo no Jornal de Itapeva, após três decepções de ver seus escritos jogados na cesta de lixo do jornal. Daí, não parou mais, para felicidade de uns e infelicidade de outros. Também escreveu dois livros, “Eleições em Pedrachata” – 180 páginas – sátira de uma campanha eleitoral no interior; e o famoso “Não Verás Nenhum País Como Este “– 400 páginas- editado pela Editora Record (RJ) - sobre os 20 anos da ditadura militar com prefácio do então Senador Fernando Henrique Cardoso. Na época foi entrevistado pela Revista Manchete, na Rádio Bandeirantes, TV Cultura/Rio, Programa “Sem Censura” e teve referências em artigos do Correio Braziliense e outros jornais do nordeste. Agora, sente-se honrado em fazer parte desta antologia, juntamente com notáveis talentos da escrita itarareense, que espera seja apreciada pelo leitor.

3 comentários:

  1. Parabéns SPC! Ainda não lhe outorgaram o título de cidadão itapevense? Merecia por manter as mentes reflexivas.

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  2. eu conheco o SPC, realmente ele bom mesmo, vamos dar valor a quem realmente mereçe

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