quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
sábado, 24 de novembro de 2012
Poema de Natal Itararé 2012
Poema
de Natal 2012
“Infância,
Canto e Dor”
Para
Fatoumata Diawara (Cantora Malinesa)
Escrevo porque
tenho a necessidade de cantar.
Entre os beduínos,
o homem que conduz os camelos, quando está só no deserto,
Ele canta. Eu estou
lá.
Eu estou só e canto
sobre a vida, sobre mim.
Outros vão escutar
e, talvez, cantar também...
(Poeta Árabe Khalid
Al-Maaly)
Começaste
a cantar nas ruas, para recolher migalhas
Para
colocar comida em casa – Eras uma criança
Cantavas
em casamentos, batizados, becos de sombras, pontas de ruas, e dizias:
-Gente,
eu Canto porque tenho fome...
Perdoem
se meu canto é rude e primário e amargo e triste.
Se
minha dor entrar em transe, e meu canto for melancólico, perdoem
Minha
mãe meus irmãos precisam comer...
(Eu
poderia morrer – sobraria mais comida pra todos eles
Mas,
quem os sustentaria com o canto triste, feito um pardal rueiro?)
Ainda
muito criança de tudo, cantaste nas ruas
Nas
praças; a voz de inicio fraca como uma taquara rachada
Mas
a dor engrossa a voz, afina a alma, tange a tristice. E os sentimentos rompem como um canto da Terra de Guilgamesh
Olhem
meus olhos. São tristes. Olhem minha cara. Tenho cara de pobre? Pois eu sou
pobre.
Minha
infância, meu canto, minha voz soando nos corações, o que diz?
Meus
olhos às vezes ficam marejados quando eu canto.
(As
pessoas não compreendem a dor que eu sinto.
Sou
eu essa voz, essa dor, esse canto.)
Uma
criança canta para a família não morrer de fome.
Não
tenho dinheiro nem para alugar um simples tambor barato que me acompanhe feito
um coração serelepe.
Não
tenho forças nem para bater palmas com o meu cantar
Não
tenho muita força nem para me manter em pé, me sustentar. Sou uma criança...
Mas
é o meu canto que me segura; minha voz sustenta meu corpo fraco
Sou
todo eu, essa voz que vocês ouvem
(Mas
alguns me olham detravessado
Alguns
se repugnam, como se eu fosse uma criança leprosa
Alguns
têm medo da minha tristeza e da minha miséria
Mas
eu sou só uma criança pobre de rua que canta)
Perdoem
meu canto, minha dor de existir; preciso levar algumas moedas para casa
Para
podemos louvar a Deus antes do prato de sopa de pedras
Perdoem
se minhas lágrimas estão nos meus cantos, nas minhas vestes simples, nas minhas
palavras...
Não
posso nem dançar uma dança tribal; eu morreria de cansado, eu não teria forçar
para sobreviver cantando e dançando
Então
eu danço com a voz; perdoem o tambor do meu coração sofrido
Perdoem
se eu sou uma criança com fome que canta
Levem
meu Canto para onde forem. Suas casas, palácios, igrejas e clubes.
E
cantem vossos cantos por mim também, em meu nome, em nome daqueles que vocês
adornam no presépio elétrico...
Todos
os dias as pessoas se afastam da religião e vão em busca de um Deus verdadeiro
Mas
eu tenho fome, e tenho sede – e preciso das migalhas que caem das mesas de
vocês...
Se
vocês puderem me ajudar; seu não tiver atrapalhando o comércio e o lucro de
vocês (e os deuses de vocês - e as guerras de vocês)
Sei
que às vezes para os sábios, a fé remove religião, mas a única religião deveria
ser o amor...
Mas,
o que uma criança pode entender, se não só cantar a sua angústia, a sua
opressão, a sua dor; a dor que lhe deram
E
precisa se sustentar nessa dor para sobreviver
E
levar alguns tostões para casa. E dizer à mãe abandonada; e dizer aos irmãos
humildes e esperançosos: -Eis o meu suor, eis a minha dor, eis o meu sangue...
Comei
e bebei de mim, de minha dor, de meu amor, de minha fé.
E
todos se alimentarão do meu canto em sangue. E do meu amor lavrado de
cantagonias...
-0-
Silas
Correa Leite – Santa Itararé das Artes, Cidade Poema
E-mail:
poesilas@terra.com.br
sexta-feira, 19 de outubro de 2012
ELEIÇÕES EM ITARARÉ; CENSURA NA IMPRENSA LOCAL
ARTIGO CENSURADO PELO JORNAL O GUARANI DE ITARARÉ-SP, 19/10/2012:
________________
Itararé: Eleições, manifestações e a democracia, uma análise. por Luis Felipe M. de Genaro.
Após as eleições municipais, na última semana que se passou, aprendi diversas lições que levarei para o resto da minha vida como cidadão. Enumerar cada uma delas seria friamente impossível, elas mesclam-se com diversos sentimentos no âmago do meu ser. Mas tentarei ser breve e conciso ao discorrê-las para vocês, caros leitores. Após o sábado dia 06, de carreatas e passeatas dos quatro candidatos, confesso que estive presente protestando e gritando “não” para muitos que falsamente me cumprimentaram, seja de cima de seus tratores, carros ou caminhões. Disse não em alto e bom som, mesmo abafado pelas incessantes buzinas. Disse não, pois se fazia necessário que alguém em meio à multidão dissesse “não”. Os ânimos já estavam à flor da pele! Neste meio tempo, do sábado para o domingo, a capacidade de pensar, os interesses e a luta – nunca em vão – de muitos, foi posta em xeque. Afinal de contas, fomos todos às urnas eleger um novo candidato a prefeito municipal. O dia foi de tensão. Uns almejavam a mudança plena, outros a continuidade. De uma maneira quase fúnebre, aqueles que almejaram a mudança, deitaram-se aos prantos, em luto. Uma pequena – mas decisiva – parcela da população itarareense havia escolhido a continuidade, e os outros 65% a engoliram.
Muitos acordaram na segunda-feira, dia 08, sem ânimo para nada. Afinal, sabíamos que o futuro e o destino de nosso município tinham sido jogados no lixo da maneira mais incoerente possível. A sensação de impotência era visível na face das diversas pessoas que encontrei pelo caminho, pessoas que eu sabia que estavam de luto (algumas fizeram questão de se expor usando pedaços de pano preto enrolados no braço ou na cabeça). Itararé tinha morrido nas urnas, pensávamos. Foi então que refleti: a cidade enfrentava naquele momento uma crise política – e identitária – sem precedentes. Os mais prejudicados pela reeleição não éramos nós, leitores, esclarecidos e estudados. Os mais prejudicados eram, continuam e continuarão sendo, as crianças sem merenda ou material escolar, os moribundos sem médicos e remédios encostados na Santa Casa, os idosos no Asilo, jogados às traças, os professores sem avanços qualitativos em suas profissões, os moradores próximos aos esgotos em céu aberto e ruas esburacadas, e o velho proletário das periferias e vilas, alienado pelos grandes ilusionistas da politicagem. Eu almejava ver o Anfiteatro, que carrega o nome de meu honrado bisavô, Sylvio Machado, totalmente construído. Livros novos para a Biblioteca Municipal, computadores novos, novos jardins e praças, remédios e rápidos atendimentos, muito mais cultura e educação. Praticamente inexistentes em Itararé.
Foi então que naquela mesma segunda-feira, em recesso de minha faculdade, soube que alguns inconformados – assim como eu – estavam organizando uma passeata fúnebre, apartidária e pacífica. Em poucas horas, a informação espalhou-se como fogo em um terreno seco. Muitos de nós começamos a sentir que aquela sensação de impotência começava a se dissipar de nossos preocupados corações. A noite então chegou. O povo então se reuniu na Praça Matriz. Cada passo dado pelos quase trezentos participantes, a cidade parecia revigorar-se da ressaca do dia anterior. Velas, cartazes com dizeres inteligentes e implicitamente acusativos, um caixão simbolizando Itararé, e dezenas de indivíduos inconformados marcharam até a Câmara Municipal, também lotada. Simbolicamente, Itararé chacoalhou-se. Muitos reacionários criticaram o movimento como sendo a “morte da democracia”. Afinal, o que eram aquelas pessoas vestidas de preto? Quanta bobagem, não? Deixe-me contar uma pequena historinha: durante séculos, internacional ou regionalmente, regimes e sistemas de governo, quando não apaziguados ou moldados pelas poderosas mãos de grupos de interesse econômico ou religiosos, foram derrubados pela força do povo, de intelectuais dispostos e cidadãos conscientes. Aqueles que, de uma maneira quase estúpida, afirmaram que a democracia havia morrido naquela noite, não sabiam o que falavam – ou tentavam não saber. A república democrática deve ser “do povo, pelo povo e para o povo”, afirmou certa vez o estadista norte-americano Abraham Lincoln. Obviamente, em nosso município, as coisas não funcionam dessa maneira. A maioria estava, e continua insatisfeita!
Não somente eu como muitos outros eleitores se moveram. E no desenrolar da semana, as vozes revoltosas sufocaram as ações medíocres – principalmente virtuais e impressas – de um povo manipulado, e de uma elite parasitária legitimadora, em desespero e sem argumentos, a não ser o próprio e visível interesse. No último final de semana muito se concretizou. A reeleição era uma infeliz realidade. Os conflitos ideológicos que ela gerou entre amigos e familiares, com toda certeza já existiam, no entanto, estavam adormecidos. Com violência, foram expostos ao relento. Pensemos então: se até o dia 31 de Dezembro, nenhum dos processos jurídicos – “fardos” de nosso atual representante – se concretizarem na esfera judiciária, logo executiva, não comecem a rir ou estourem litros de champanhe. Os inconformados, os revoltos e aqueles que estão de luto, ainda estão aqui. E continuaremos por aqui! Deixo para vocês uma impactante frase de um dos mais importantes escritores e juristas brasileiros, Rui Barbosa de Oliveira: “De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto”. Interessante como uma frase se encaixa em tantos momentos e contextos históricos, não é mesmo?
sábado, 18 de agosto de 2012
Desvairados Inutensilios, Livro de Poemas do Cyber Poeta Silas Correa Leite
Livro “DESVAIRADOS INUTENSILIOS” do Cyber Poeta Silas Correa Leite
Todas essas criaturas a que chamas animadas,
como aquelas a que negas a vida, sem razão
melhor do que a de não as veres em ação – todas
essas criaturas têm, em grau maior ou menor,
capacidade para o prazer a dor; mas a soma geral
de suas sensações, é, precisamente, aquele total
de felicidade que pertence de direito ao ser divino,
quando concentrado em si mesmo. Edgar Allan Poe
“DESVAIRADOS INUTENSILIOS”, Editora Multifoco, Rio de Janeiro, é o novo livro de poemas de Silas Correa Leite, o Cyber Poeta tachado pelo site Capitu de “O Neomaldito da Web” (o autor está em mais de 800 links da net), que no programa “Provocações”, do Antonio Abujamra, da TV Cultura de São Paulo, exprimindo sua latente poética da tristeza, disse que “corta os pulsos com poemas”; também disse que se sente um “E.T.” entre nosotros, e que, “como a vida não lhe deu limões, fez limonadas de lágrimas”. Pois os poemas da safra desta nova obra, ““Desvairados Inutensílios””, tem todas essas lágrimas em contracorrentes, têm esses ácidos multiformes, essas sutilezas esplendentes, mais catarses, onirismos, surtos-circuitos, correntezas hilárias, delírios, irrazões, errações e ousadas experimentações, próprio do estilo do autor.
Humor ora discreto, ora rompante, quando não plangente, ou mesmo curto e grosso. Humor e brevidade, bem próprio desses nossos tempos de correria (e tantas infovias efêmeras) e amarguras. Galhofa, ironia, na linha de Oswald de Andrade (poeta da semana da arte moderna), com invencionices, desvarios, inutensílios, e, claro, dissonâncias de acordes breves. Tudo a ver.
Minimalista? Neoconcreto aqui e ali. Há ainda o dizer no desdizer, ficando a vertente no implícito, o pulso no tácito, o dizer (fazer poético) obliquo, a palo seco. Haiquases, sim. Acordes dissonantes na linha do seu feitio, tipo “Silas e suas siladas”. Conflitos com filtros (olhos obtusos), briancanças verseiras, twitter-poemas até. O nada-que-é-tudo serpenteando versos ridentes, risadores. O clic e salta o verbo: insights, iras certeiras. Já pensou? Inventando o inexistente, o olho mágico é do poeta ou de sua cetra parideira de poemetos, feito uma metralhadora dialética? O Poeta Silas não oscila seu deleite derramado.
Tem seu espiral de haikais e tankas diferenciados. Alinhava suas tessituras – no “tear do silencial de ‘mins’ e h2outros” como muito bem diz ele – feito até, por que não, um antipoema que ainda é, assim e por isso mesmo, também, poesia pura. Ou, vá lá, impura como jojobas ácidas. Guloseimas ocres. Fios (fiações) literais vários, meio neozen, meio Pessoa, Drummond, Bandeira, Maiakovski, Bertold Brecht, Frederico Garcia Lorca, José Saramago, Robert Bob Dylan Zimermam. Será o impossível? Ai de ti Babilônia Bandeirantes. Ou a Neverland Santa Itararé das Artes, Cidade Poema, a terra-mãe do autor, que a canta em verso e prosa e baladas and blues. Poesias com in/fluências várias, meteoritos-maroteiros. Bulbos letrais.
Marotices literárias. Ler, rir, curtir. Sentir. Bijuterias com alguma angústia-vívere, mais a solidão-albatroz, um certo medo-coisa, disparates, instante-trevas (luz). Bulbos-surtos-circutos portanto. Lacre e limo. Lume e húmus. Humor e técnica de aproximação com a lucidez-loucura. Chorumes e a tal da bendita (maldita) antilira. Niilismo. Pode uma coisa dessa? “Desvairados Inutensílios” é isso: pós-Porta-Lapsos (o último livro de poemas do autor), sendo um boêmico tabuleiro de mixórdias letrais mesmo, avessos de reversos, experimentações cítricas, quando não pan poesia.
Pensadilhos? Pensamentos trocadilhos, diz ele. Pensagens? Pensamentos mensagens, diz ele, com seus tantos neologismos do arco da velha. Melhor morrer de overdose de poesia do que de normalidades hipócritas? Antes sóbrio do que mal acompanhado, trocadilha o autor, muito bom nisso, textificando ócios do oficio de tentar ser um Ser. Não é fácil. Escrever poesia é extra/vazar o lume neutro de fugas, ilhas movediças, facas cegas em palavreiros. Poemas letras de rock. Poemas histórias em quadrinhos. Mas poemas bem contemporâneos.
A faca é cega mas ainda corta, diz a balada.
Os entrecortes epigramáticos – a faca nos dentes - nos entremeios (e entreveros) poéticos tem tudo a ver com o que cria o Cyber Poeta Silas Correa Leite, já elogiado por Moacyr Scliar, Álvaro Alves de Faria (que já o entrevistou duas vezes na Rádio Jovem Pan), Ignácio de Loyola Brandão, João Silvério Trevisan, Rodrigo de Souza Leão, Sergio Vaz, Antonio Miranda, Plínio Marcos, Marcelino Freire, Elio Gaspari, Pedro Maciel, Miltom Hatoum, Antonio Cabrita (Moçambique, África), e outros.
Ítalo Calvino disse “O homem contemporâneo é dividido, mutilado, incompleto, hostil a si mesmo: Marx o chama de alienado, Freud de reprimido; um estado de harmonia antigo foi perdido, aspiramos a uma nova totalidade” A poesia do Cyber Poeta Silas Correa Leite muito bem – e ainda filósofo-irônico - exprime (e agoniza?) isso. Tempos tenebrosos. Ser Humano é uma desnatureza que deu errado?
Poesilhas: pois é: lendo o poeta você vê (sente) uma espécie assim de ‘ilha de edição’ – prisioneiro de sua própria existencialização? - que é o seu contundente fazer poético de louco desvarrido; com seus poemas atirados como se em garrafas vazias pedindo socorro, resgate, rumo, âncora, casa, paz, lar. Feito um Homero sonhando uma Itararezinha que talvez só existe mesmo em sua cabeça, em sua imaginação.
Habemus o cyber poeta a ferro e fogo, cerveja e enxofre, mas, ainda assim e por isso mesmo, seu mosaico lustral no livro de poemas “DESVAIRADOS INUTENSILIOS”. Salve-se quem puder. Periga LER
-0-
Antonio T. Gonçalves, São Paulo, 2012
Jornalista e Professor Universitário
http://cavalosselvagens.wordpress.com/
Todas essas criaturas a que chamas animadas,
como aquelas a que negas a vida, sem razão
melhor do que a de não as veres em ação – todas
essas criaturas têm, em grau maior ou menor,
capacidade para o prazer a dor; mas a soma geral
de suas sensações, é, precisamente, aquele total
de felicidade que pertence de direito ao ser divino,
quando concentrado em si mesmo. Edgar Allan Poe
“DESVAIRADOS INUTENSILIOS”, Editora Multifoco, Rio de Janeiro, é o novo livro de poemas de Silas Correa Leite, o Cyber Poeta tachado pelo site Capitu de “O Neomaldito da Web” (o autor está em mais de 800 links da net), que no programa “Provocações”, do Antonio Abujamra, da TV Cultura de São Paulo, exprimindo sua latente poética da tristeza, disse que “corta os pulsos com poemas”; também disse que se sente um “E.T.” entre nosotros, e que, “como a vida não lhe deu limões, fez limonadas de lágrimas”. Pois os poemas da safra desta nova obra, ““Desvairados Inutensílios””, tem todas essas lágrimas em contracorrentes, têm esses ácidos multiformes, essas sutilezas esplendentes, mais catarses, onirismos, surtos-circuitos, correntezas hilárias, delírios, irrazões, errações e ousadas experimentações, próprio do estilo do autor.
Humor ora discreto, ora rompante, quando não plangente, ou mesmo curto e grosso. Humor e brevidade, bem próprio desses nossos tempos de correria (e tantas infovias efêmeras) e amarguras. Galhofa, ironia, na linha de Oswald de Andrade (poeta da semana da arte moderna), com invencionices, desvarios, inutensílios, e, claro, dissonâncias de acordes breves. Tudo a ver.
Minimalista? Neoconcreto aqui e ali. Há ainda o dizer no desdizer, ficando a vertente no implícito, o pulso no tácito, o dizer (fazer poético) obliquo, a palo seco. Haiquases, sim. Acordes dissonantes na linha do seu feitio, tipo “Silas e suas siladas”. Conflitos com filtros (olhos obtusos), briancanças verseiras, twitter-poemas até. O nada-que-é-tudo serpenteando versos ridentes, risadores. O clic e salta o verbo: insights, iras certeiras. Já pensou? Inventando o inexistente, o olho mágico é do poeta ou de sua cetra parideira de poemetos, feito uma metralhadora dialética? O Poeta Silas não oscila seu deleite derramado.
Tem seu espiral de haikais e tankas diferenciados. Alinhava suas tessituras – no “tear do silencial de ‘mins’ e h2outros” como muito bem diz ele – feito até, por que não, um antipoema que ainda é, assim e por isso mesmo, também, poesia pura. Ou, vá lá, impura como jojobas ácidas. Guloseimas ocres. Fios (fiações) literais vários, meio neozen, meio Pessoa, Drummond, Bandeira, Maiakovski, Bertold Brecht, Frederico Garcia Lorca, José Saramago, Robert Bob Dylan Zimermam. Será o impossível? Ai de ti Babilônia Bandeirantes. Ou a Neverland Santa Itararé das Artes, Cidade Poema, a terra-mãe do autor, que a canta em verso e prosa e baladas and blues. Poesias com in/fluências várias, meteoritos-maroteiros. Bulbos letrais.
Marotices literárias. Ler, rir, curtir. Sentir. Bijuterias com alguma angústia-vívere, mais a solidão-albatroz, um certo medo-coisa, disparates, instante-trevas (luz). Bulbos-surtos-circutos portanto. Lacre e limo. Lume e húmus. Humor e técnica de aproximação com a lucidez-loucura. Chorumes e a tal da bendita (maldita) antilira. Niilismo. Pode uma coisa dessa? “Desvairados Inutensílios” é isso: pós-Porta-Lapsos (o último livro de poemas do autor), sendo um boêmico tabuleiro de mixórdias letrais mesmo, avessos de reversos, experimentações cítricas, quando não pan poesia.
Pensadilhos? Pensamentos trocadilhos, diz ele. Pensagens? Pensamentos mensagens, diz ele, com seus tantos neologismos do arco da velha. Melhor morrer de overdose de poesia do que de normalidades hipócritas? Antes sóbrio do que mal acompanhado, trocadilha o autor, muito bom nisso, textificando ócios do oficio de tentar ser um Ser. Não é fácil. Escrever poesia é extra/vazar o lume neutro de fugas, ilhas movediças, facas cegas em palavreiros. Poemas letras de rock. Poemas histórias em quadrinhos. Mas poemas bem contemporâneos.
A faca é cega mas ainda corta, diz a balada.
Os entrecortes epigramáticos – a faca nos dentes - nos entremeios (e entreveros) poéticos tem tudo a ver com o que cria o Cyber Poeta Silas Correa Leite, já elogiado por Moacyr Scliar, Álvaro Alves de Faria (que já o entrevistou duas vezes na Rádio Jovem Pan), Ignácio de Loyola Brandão, João Silvério Trevisan, Rodrigo de Souza Leão, Sergio Vaz, Antonio Miranda, Plínio Marcos, Marcelino Freire, Elio Gaspari, Pedro Maciel, Miltom Hatoum, Antonio Cabrita (Moçambique, África), e outros.
Ítalo Calvino disse “O homem contemporâneo é dividido, mutilado, incompleto, hostil a si mesmo: Marx o chama de alienado, Freud de reprimido; um estado de harmonia antigo foi perdido, aspiramos a uma nova totalidade” A poesia do Cyber Poeta Silas Correa Leite muito bem – e ainda filósofo-irônico - exprime (e agoniza?) isso. Tempos tenebrosos. Ser Humano é uma desnatureza que deu errado?
Poesilhas: pois é: lendo o poeta você vê (sente) uma espécie assim de ‘ilha de edição’ – prisioneiro de sua própria existencialização? - que é o seu contundente fazer poético de louco desvarrido; com seus poemas atirados como se em garrafas vazias pedindo socorro, resgate, rumo, âncora, casa, paz, lar. Feito um Homero sonhando uma Itararezinha que talvez só existe mesmo em sua cabeça, em sua imaginação.
Habemus o cyber poeta a ferro e fogo, cerveja e enxofre, mas, ainda assim e por isso mesmo, seu mosaico lustral no livro de poemas “DESVAIRADOS INUTENSILIOS”. Salve-se quem puder. Periga LER
-0-
Antonio T. Gonçalves, São Paulo, 2012
Jornalista e Professor Universitário
http://cavalosselvagens.wordpress.com/
Curriculum em Inglês do Cyber Poeta de Itararé, Silas Correa Leite
Educator, Journalist and Community Advisor on Human Rights, began writing at age 16 in the newspaper "O Guarani" Itararé-SP. He did Law and Geography, is Education Specialist (Mackenzie), with university extension in Literature in Communication (ECA). Author among others of "Port-lapses," poems, All-Publishing Print (SP) and "Wheatfield With Crows," Tales, Design Publishing (SC), the work finalist award Telecom, Portugal 2007, and "The Man Who Beer became "hilarious chronicles of a bohemian poet, book Prize winner Valdeck Almeida de Jesus, Bahia Salvador, 2009, Chalk Editorial, SP. Your e-book success "The Rhino Clarice", eleven fictions, each with three finals, one happy, one of tragedy and a third end politically incorrect to be a pioneer, was featured in the media as the ESP, Jornal da Tarde Folha de SP, People's Daily, Time Magazine, To Sir With Love Magazine, Kalunga Magazine, Web Magazine, My Journal (RJ). and also on the network television program "Metropolis" / TV Cultura; Network Band / Program "Cultural Moment"; 21 Network Program "In Berlinda" Program "Provocations", TV Cultura / Abujamra Antonio. Because it is unique in its kind and the first book of interactive World Wide Web, was recommended as required reading in the article "Virtual Language" in the Master of "Science of Language" at the University of Southern SC. It doctoral thesis at the Federal University of Alagoas ("hypertextuality, The Book After the Book"). Academic text on the link: http://bdtd.ufal.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=197. Awarded the Paul Contests Leminski Tales, Tales of Ignatius Loyola Brandão, Lygia Fagundes Telles For Teacher Writer, Nobel Library Andrade (Poetry About SP), Literal Award Foundation (Petrobras), Piaget Institute Award (Lisbon, Portugal / Songbook Children and Youth; Award Links Club / Community Lusíada International, Winner of the First National Exhibition of stories of Fishermen (USP), Symmetry Fictions and Fantasy Award, Portugal (Microconto). consists of nearly 600 sites such as ESP, Noblat, Mail Brazil, Plant Letters, Daniel Pizza, Wikipedia, Press Centre, Rereading, Cronopios, Apprentice, Pedagogue Brazil, Journal of Poetry Gathering, Italy, Storm Magazine (Portugal), Y Actualidad Policy (Argentina), Poets of the World (Chile), and other , including in Africa. Published in over 100 anthologies, even abroad, as Multilingual Anthology of Contemporary Letteratura, Trento, Italy; Cristhmas Anthology, Ohio and Poetry Magazine Where / Foundation Bib. National (Year 2000). E- Email: poesilas@terra.com.br-Site: www.itarare.com.br / silas.htm - Blog: www.portas-lapsos.zip.net chosen one of the best of UOL in 2011. - Books DOOR-lapses WHEAT FIELD and POEMS WITH CROWS, Tales Winners, for sale on site WWW.livrariacultura.com.br
Almanaque Itararé, do Cyber Poeta Silas Correa Leite
“Almanaque Itararé 2012”
Edição de Aniversário de Itararé, 28/08/12
“Pirulito que bate bate
Pirulito que já bateu
Lua de Itararé tem arremate
Que foi o Poeta Pedro Ribeiro Pinto quem deu”
(Poetinha Silas, Anos 70)
***
Ia indo prum caminho
Encontrei a Vica e o Jesus Casado
Fui ver o que tinha dentro
Era o meu Reino Encantado
(Zé Maria de Santa Cruz dos Lopes)
***
Fui no Rio Caiçara
Buscar Cipó e gabiroba
Voltei com a algibeira cheia
E a alma com estrelas de sobra
(Lucas Ferreira, O Melhor Candidato a Candidato a Futuro Prefeito de Itararé)
***
ITARARÉ, CIDADE POEMA, SONHAR PODE
1-)O tombamento do patrimônio histórico que são as ruas de cacau quebrado (paralelepípedos) de Itararé
2-)Despoluição do Rio Itararé, do Rio Caiçara, do Rio da Prata, do Córrego Tatit
3-)A maioria dos componentes da atual Câmara de Vereadores de Itararé, Palácio Vadico, não ser reeleita
4-)Itararé virar oficialmente Estância Turística, chamada Estância Boêmia de Itararé (Ideia do Poetinha Silas de 1968/Jornal O Guarani)
5-)Não termos mais vereadores com nome de animais envergonhando Itararé.
6-)Eventos de Inverno, de Campos de Jordão, também se apresentarem oficialmente e no calendário cultural de Itararé
7-)Itararé ter uma Escola Técnica Federal e também uma Universidade Federal
8-)Outras empresas de ônibus atuando na região do Ramal Rodoviário de Itararé, para ter uma concorrência leal, transparente, termos preços justos nas passagens, e também termos melhores prestações de serviços
9-)A Policia Federal ter uma sede oficial na divisa da Barreira, São Paulo/Paraná
10-) Itararé ter um Memorial Família Janson, com o importante e histórico acervo todo da família.
(Todos Nós, Fanáticos Por Itararé)
APONTAMENTOS DA HISTÓRIA POPULAR DE ITARARÉ (CAUSO)
O Governador Carvalho Pinto veio de baita avião visitar Itararé, nos idos dos Anos 60, Festa do Trigo. Pousou no terral vermelho do campo de aviação improvisado na Serraria do Sguário, alto da cidade, com um pó só. Lotou de gente. O Governador Carvalho Pinto, o melhor governador para Itararé, que mais ajudou Itararé, desceu do da aeronave, todo pimpão.
A mulherada gritava “Carvalho! Carvalho! Carvalho!”
Os homens não gritavam nada
(Captada pelo Poetinha Silas que era piá de tudo e lá estava de mãos dadas com o pai dele)
E só queríamos saber
( )-Quem poluiu impunemente o Rio Caiçara?
( )-Quem poluiu impunemente o Rio Itararé?
Série TOP 10
O Sonho de Todo Itarareense
1)-Era ver os 3 piores Prefeitos de Itararé condenados e presos
2)-Casar com a filha do Mister Cofesa, Gumercindo
3)-Passar Itararé para o Estado do Paraná
4)-Ver o Clube Atlético Fronteira disputar a Segunda Divisão de Futebol
5)-Ter um Canal de TV a cabo de Itararé, a TV “Boêmia” de Itararé
6)-Ver de volta a malha da linha férrea de Itararé
7)-Ter um Balneário Turístico com total infraestrutura no Rio Verde
8)-Eleger o Lucas Ferreira Prefeito de Itararé
9)-Ter uma Sinagoga e uma Mesquita em Itararé
10)-Ter no Parque Ecológico da Gruta das Andorinhas Bentas, um Muro Ecumênico de Orações
POEMA
Batalha de Itararé
Getúlio bate à porta de Itararé
Cidade de divisa; todo pimpão
E pede que os soldados constitucionalistas deem no pira
Sob a mira de aviões
E de canhões
Os soldados paulistas mandaram-no peidar nágua
Que podia ser ali mesmo no rio Itararé
As tropas dos gaúchos cheias de bugres, emboabas e biscates
E Itararé bombardeada
Ferindo bem a paulistada
Então o Presidente Café com Leite renunciou
E era bem 24 de outubro de 1930
Getulio passou por Itararé de trem feito um relâmpio, um fuzilo
Foi amarrar seu burro no obelisco do Rio de Janeiro
Já festeiro
Itararé ficou com a baita fama
Da batalha que não “haveu”
Das trincheiras da legalidade pouca coisa realmente restou
A não ser cadáveres de gaúchos e paulistas
E mais sangue na bandeira de treze listras...
A história do Brasil passa por Itararé
A cavalo, com a gauchada
E então a cidade de divisa ficou marcada
Enquanto Getulio Vargas e a cupinchada
Implantava o Estado Novo de pouca ética e pouca fé
Depois Getúlio de consciência pesada se matou
Itararé várias vezes reconstruída, levantada
Carregou contra o caudilho tanta mágoa
Que quando a gente o vê na repaginação da história
Para reforçar nosso amor por Itararé, nossa honra e nossa glória
Ainda manda o Getúlio Vargas peidar nágua!
-0- Silas Correa Leite, Santa Itararé das Artes, Estância Boêmia
OS DEZ MAIS BRILHANTES CIDADÃOS DE ITARARÉ
1)-Jorge Chueri 2)-Maestro Gaya 3)-Angelo Ghizzi 4)-Paulo Rolim 5)-Walter Menk 6)-Vereador Vadico 7)-Palhaço Ismael Vaz Cordeiro (Cordeirinho) 8)-Luiz Barco 9)-Peri Fiuza 10)-Craque Ulisses
OS DEZ BOEMIOS MAIS FAMOSOS DE ITARARÉ
1)-Jorge Chueri 2)-Fernando Milcores 3)-Tanaka 4)-Teleco Sete Cordas 5)-Tepa Ospedal 6)-Turibio Fiuza 7)-Marquinho Carvão 8)-Alfredinho Merege 9)-Lupe Luciano 10)-Mário Andrade
AS DEZ MELHORES COISAS DE ITARARÉ
1)-Jorge Chueri 2)-Rua XV de Novembro 3)-Barreira/Parque Ecológico da Gruta das Andorinhas Bentas 4)-Balneário do Rio Verde/Rio da Vaca 5)-Artistas de Itararé 6)-Literatos de Itararé 7)-Família Tatit 8)-Imigrantes e descendentes de imigrantes de Itararé 9)-Boêmios (Fauna notívaga histórica) de Itararé 10)-Historial de Itararé (a história que toda cidade gostaria de ter)
VOZES DE ITARARÉ
1)-Aristeu de Itararé, nosso Sabiá-Mor, “The Vox” 2)-Jaquelin 3)-Albany 4)-Reinaldo 5)-Neco Marcondes 6)-Marlene 7)-Rogéria Holtz 8)Regina Tatit 9)-Jorinha 10)-Mauro Vieira
DEZ MELHORES MUSICOS DE ITARARÉ
1)-Lindolfo Gaya (Maestro Dudu Gaya) 2)-Nenê Bíglia 3)-Osvaldo Bodo 4)-Gumercindo da Banda 5)-Paschoal Melilo 6)-Jare Beltrão dos Santos 8)-Ataliba do Acordeom 9)-Elcir Melo 10)-Izzo Ferraz
OS DEZ ELHORES “POINTS” POPS DE ITARARÉ
1)-Praça Coronel Jordão 2)-Igreja Matriz Catedral de Lírios/Nossa Senhora da Conceição 3)-Rua XV de Novembro 4)-Gruta da Barreira 5)-Estação Ferroviária de Itararé (Parque Centenário de Festividades) 6)-Balneário do Rio Verde 7)-Clube Atlético fronteira 8)-Palácio Vadico (Prédio da Câmara de Vereadores) 9)-Cofesa Matrix 10)-Rádio Clube de Itararé
OS MELHORES BARES DE ITARARÉ
1)-Biribas Blues Bar 2)-Bar do Tepa 3)-Topitó 4)-Bar XV 5)-Bar do Seu Domingos/Medrado 6)-Bar POP 7)-Bar do Rui 8)-Bar do Sansão 9)-Cabanas 10)-Bar do Dico
OS DEZ MAIORES E MELHORES ARTISTAS QUE VIERAM PARA ITARARÉ
1)-Turma da Jovem Guarda (Anos 60/Praça Coronel Jordão)
2)-Roberto Carlos (Primeirão/Gestão Aylton de Jesus Bentos)
3)-Moacyr Franco
4)-Fábio Jr
5)-Roupa Nova
6)-Osvaldo Montenegro
7)-Noite Ilustrada
8)-Chitãozinho e Xororo
9)Francisco Petrônio
10)-Vanusa
OS DEZ MELHORES COLUNISTAS DE JORNAIS LOCAIS
1)-Lucas Ferreira 2)-Mario Padiel Chaves 3)-Samuel Barbosa 4)-Helio Porto 5)-Gatão/Ávila/Antonio Vinicius Lages 6)-Terezinha Iluminada 7)Eunice Brito Tatit 8)-Aneor Peres Gusmão 9)-Marcos Chunda 10)-Paulo Rolim
AS DEZ MAIORES “SAUDADES’ POPULARES DE ITARARÉ
1)Sodinha do Vilela (a preferida, sodinha de abacaxi)
2)-Pinga do FRITZ
3)-Jesus Casado
4)-Vereador João Feijão (Doava todo o recebido no legislativo municipal para obras de caridade de Itararé)
5)-Craque Foguetão
6)-Craque Gainha
7)-Veio Biscoiteiro
8)-Tenente do Ponto Primavera
9)-Romero
10)-Maé da Pêdra
OS DEZ PIORES PROBLEMAS DE ITARARÉ
1)-Falta de Indústrias
2)-Falta de Investimentos na Cultura, nossa maior riqueza
3)-Falta terminar o Teatro Sylvio Machado
4)-Falta de serviços diretos e corretos da SABESP
5)-Falta do Museu das Revoluções de Itararé
6)-Falta de opções saudáveis (cultura, esporte, etc.) para a infância e juventude
7)-Falte de preservar os patrimônios públicos, inclusive e principalmente os históricos
8)-Falta de um oficial Coral Municipal Românticos de Itararé
9)-Falta de repeito com o cidadão contribuinte
10)-Falta de um Centro de Iniciação Esportiva e Artística
AS DEZ MELHORES MULHERES DOS MAIS DE CEM ANOS DE ITARARÉ
01)-Lázara Aparecida Fogaça Bandoni
02)-Terezinha Iluminada M. Mello
03)-Celeste Bizarro
04)-Eunice Brito Tatit
05)-Márcia Morshel
06)-Cida Bíglia
07)-Áurea Andrade
08)-Rogéria Holtz
09)-Regina Tatit
10)-Vereadora Cristina Ghizzi
POEMA
Itararé das Revoluções
Revoluções históricas do Brasil passaram por Itararé, cidade de divisa
E quiseram destruir Itararé; nosso rincão amado, nossa terra-mãe
Mas Itararé não pode nunca ser destruída. Sempre haverá Itararé
Cada andorinha-Itarareense será essa nossa Itararé alada, esse pavilhão
Por onde for
Com sua bandeira na alma, o DNA no coração e seu esplendente amor
Itararé, Trincheiras da Legalidade, nossa pitoresca aldeia bucólica
Uma tribo espiritual de sementes escolhidas, boêmios, trovadores
Canhões bombardearam Itararé – onde estão esses canhões agora?
Itararé permanece como constelação, garra, muito viço em seu louvor
Por onde for
Casa Itarareense será a prova desta Itararé e de seu imenso valor
Cantamos, fazemos música, somos festeiros. Santa Itararé das Artes
Nossas lágrimas são nossos rios; nossas esperanças somam-se aos sonhos
Nas searas construímos; nas batalhas somos os que não fogem a luta
Por onde for
Cada Itarareense com sua alma-nau de Itararé será dela um portador
Longe de Itararé é um lugar que não existe: Itararé é nosso espírito
De celebração a vida, à arte, e ressurgirmos porque brilhamos, e Itararé
Está onde estivermos, e onde nos encontrarmos e falarmos deste amor
Encantador
Uma eterna Itararé estará em nós como um encantário de luz e fulgor!
Silas Correa Leite, Fanático Por Itararé (Poema da Série “Eram os Deuses Itarareenses?)
Montagem: Poetinha Silas, Kid Lirio, Bastião Querosene, Amir Porora, Barão do Caiçara, Maria Cebola, e outros. Elogios, criticas, reclamações, torpedos: artistasdeitarare@bol.com.br – WWW.itarare.com.br
quarta-feira, 9 de maio de 2012
quarta-feira, 25 de abril de 2012
Artista Tiago Klimeck, In Memoriam - Homenagem
“Tiago Klimeck” – Cena Aberta: Um Artista Nunca Morre
“Algumas vezes é preciso silenciar, sair de cena, e esperar
que a sabedoria do tempo termine o espetáculo”
(Arnaldo Rabelo)
-Um Ator não morre, se esconde
Um belo dia aparece no inexplicável... sabe onde?
No camarim de tua Saudade; muito além do bonde
Da travessia – do coração
Pois a Saudade é a mais pura forma de luz e de amor.
-Um Ator nunca morre, descansa
Um dia não te tira para o ensaio da contradança
E no teu sentimento uma aura de energia alcança
Feito uma levitação
Pois a Ausência é um infinito sentido de afeto e de penhor
-Um Ator nunca morre, levita
E plana! – Quando a tragédia em cena aberta grita
A alma do Artista se levanta; se agiganta e acredita
Na morte, como libertação
Cada um com sua cena final, em íntimo estúdio de Ator...
-Um Ator não morre, atravessa
O limite do cenário do fim; e finalmente sai dessa
Do coma terrestre - Viver nunca termina e nem começa
É todaluz contínua, constelação
O céu lustral é feito exatamente desse juízo de valor
.........................................................................................
Um Artista não morre jamais. E assim
Estreia no céu!
Enquanto na terra a tragédia em pranto rasga o doloroso véu
Deus, na plateia celeste aplaude em cena aberta; depois visita
O recém-chegado Ator Tiago Klimeck, em seu novo camarim
Na “Itararezinha Celeste” em seu novo repouso, a cura... o LAR
Porque quem foi Artista em Itararé no céu também será Artista
Pois, afinal, é sempre mesmo assim: O Show tem que continuar
E a vida vai além da morte - A vida vai muito além do FIM!
-0-
Silas Correa Leite
Estância Boêmia de Santa Itararé das Artes, Cidade Poema
E-mail: poesilas@terra.com.br
WWW.artistasdeitarare.blogspot.com/
“Algumas vezes é preciso silenciar, sair de cena, e esperar
que a sabedoria do tempo termine o espetáculo”
(Arnaldo Rabelo)
-Um Ator não morre, se esconde
Um belo dia aparece no inexplicável... sabe onde?
No camarim de tua Saudade; muito além do bonde
Da travessia – do coração
Pois a Saudade é a mais pura forma de luz e de amor.
-Um Ator nunca morre, descansa
Um dia não te tira para o ensaio da contradança
E no teu sentimento uma aura de energia alcança
Feito uma levitação
Pois a Ausência é um infinito sentido de afeto e de penhor
-Um Ator nunca morre, levita
E plana! – Quando a tragédia em cena aberta grita
A alma do Artista se levanta; se agiganta e acredita
Na morte, como libertação
Cada um com sua cena final, em íntimo estúdio de Ator...
-Um Ator não morre, atravessa
O limite do cenário do fim; e finalmente sai dessa
Do coma terrestre - Viver nunca termina e nem começa
É todaluz contínua, constelação
O céu lustral é feito exatamente desse juízo de valor
.........................................................................................
Um Artista não morre jamais. E assim
Estreia no céu!
Enquanto na terra a tragédia em pranto rasga o doloroso véu
Deus, na plateia celeste aplaude em cena aberta; depois visita
O recém-chegado Ator Tiago Klimeck, em seu novo camarim
Na “Itararezinha Celeste” em seu novo repouso, a cura... o LAR
Porque quem foi Artista em Itararé no céu também será Artista
Pois, afinal, é sempre mesmo assim: O Show tem que continuar
E a vida vai além da morte - A vida vai muito além do FIM!
-0-
Silas Correa Leite
Estância Boêmia de Santa Itararé das Artes, Cidade Poema
E-mail: poesilas@terra.com.br
WWW.artistasdeitarare.blogspot.com/
sexta-feira, 13 de abril de 2012
quinta-feira, 22 de março de 2012
domingo, 11 de março de 2012
domingo, 26 de fevereiro de 2012
Blog Limpinho e Cheiroso: Militantes do PSDB chamam Serra de imaturo e palha...
Blog Limpinho e Cheiroso: Militantes do PSDB chamam Serra de imaturo e palha...: Em vídeo divulgado por site ligado ao PSDB, militante tucana defende prévias e critica Serra: “Ele está sendo palhaço.” Via O Estado ...
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