"Artistas de Itararé, Cidade Poema"

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Capital Artístico-Cultural Boêmica do Sul de São paulo

BLOGUE ARTISTAS DE ITARARÉ CHÃO DE ESTRELAS

"Artistas de Itararé, Chão de Estrelas"

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Clã dos Fanáticos Por Itararé, Cidade Poema

Palco Iluminado de Andorinhas Sem Breque

Os Dez Maiores Artistas de Itararé, Ano 2011

Dez Maiores Artistas de Itararé















01)-Maestro Gaya







02)-Jorge Chuéri







03)-Irmãs Pagãs







04)-Paulo Rolim







05)-Silas Correa Leite







06)-Paschoal Melillo







07)-Rogéria Holtz







08)-Dorothy Janson Moretti







09)-Regina Tatit







10)-Armando Merege







Itararé, Bonita Pela Própria Natureza

Itararé, Bonita Pela Própria Natureza
Nosso Amor já Tem Cem Anos

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Primeira Feira de Literatura Itarareense, Agosto 2013, 120 Anos de Itararé


 


Arte e Cultura de Itararé nos 120 Anos de Aniversário

Primeira Feira de Literatura Itarareense, Dia 23 de Agosto no Teatro Sylvio Machado

I Feira da Literatura Itarareense

Evento acontece às 19h30 do dia 23 de agosto

Através de parceria realizada com o Elos Clube e o Centro do Professorado Paulista, a Coordenadoria de Cultura da Prefeitura Municipal de Itararé e o curso de Letras das Faculdades Integradas de Itararé apresentam a I Feira de Literatura Itarareense, que compõe parte das homenagens aos 120 anos do município. Na mesma noite, o evento promove uma série de atividades destinadas ao público literato:

- Declamação de trechos do CD "Itararé na Poesia", coordenado pela ilustre Tere de Jesus Mello Martins em 2008; Apresentação de novas produções literárias locais; Intervenções teóricas sobre gêneros literários;

- Lançamento do livro de crônicas "Instantâneos", de Dorothy Jansson Moretti, e bate-papo com a autora;

- Lançamento do livro de poesias "Desvairados Inutensílios", do escritor Silas Correa Leite, e bate-papo com o autor;

- Exposição de poesias; Sessão de autógrafos.

De acordo com o Coordenador Municipal de Cultura, Murilo Cleto, "o objetivo do evento é valorizar simultaneamente as produções literárias locais do passado e do presente, num intercâmbio entre o universo acadêmico e a comunidade gestora dessas obras, que representam a materialização do intangível, neste caso, o amor por Itararé", disse.

Confira o release dos livros lançados no evento:

‘Instantâneos’, Crônicas, de Dorothy Jansson Moretti

Instantâneos é a fotografia textualizada dos momentos vividos por esta sensível observadora da vida e das circunstâncias que sua memória registrou e transformou em saborosos relatos. A leitura das crônicas Instantâneos, além do prazer que nos proporciona seu conteúdo fluente e escorreito, nos transporta à infância, aos tempos pacíficos do apito dos trens na hora certa, as festas na praça, da música nos coretos, da bola-de-meia, dos pés descalços na grama molhada, dos mergulhos nas águas turvas do rio, das pandorgas e papagaios coloridos que soltávamos no espaço enfeitando o céu como saudação à liberdade, num tempo sem bullyings, sem bandidos e sem as violências da atualidade.

E não vamos enumerar aqui esta ou aquela crônica, mas assegurar que todas elas são diamantes do mesmo quilate; testemunhos inquestionáveis do enorme talento da autora de Instantâneos, livro onde o passado e o presente se encontram na fotografia indelével das palavras. O leitor comprovará isto quando ele chegar às suas mãos.

‘Desvairados Inutensílios’, Poemas, de Silas Correa Leite

Desvairado já é uma perdição, Inutensílio um neologismo que por si só diz de quase uma errança até, pós “Porta-lapsos” (o primeiro livro de poesia do autor). Da “poética da tristeza” a uma espécie de ópera rock, no pragmatismo paradoxal de criar o vice-versos, o livro é um tabuleiro de macadames. Se, do jazz nasce a luz, como prega o próprio autor, premiado em verso e prosa, na obra ele destila o verbo, o impropério, o haikai, o terceto – Silas e suas “Siladas” -e, ainda, contentezas, em insights e closes poéticos, além de twitter-poemas. Fazer humor é coisa séria, no labirinto socrático das contundências. O Poeta é o ladrão do fogo, dizia Rimbaud.  Misturar umas e outras pode dar nisso, um desvario literário. Misturar microcontos, pensagens (pensamentos-mensagens), letras de rock ou blues elípticos (para ler, cantar, chorar), pode dar em ideia caudalosa, livral. Tudo isso cabendo nesse pocket-book como mixórdias letrais, toleimas, risos, barulhanças, voações e cantárias de ócios do oficio, pérolas aos poucos; cantagonias, pensadilhos (pensamentos-trocadilhos), sempre barbarizando o chamado “fazer poético”, ora em vislumbre niilista, ora saudoso, lustral. Inventar o inexistente é a ideia primordial de Silas Correa Leite, feitio dele. Surpreender. Evocar. Tocar sentimentos e também provocar o lado sentidor de cada leitor. Antagônico, epifânico, boêmico, ou anárquico-sentimental e com autoironia. Díspare.

Esse é o projeto do livro. Loucura e farsa. Tormentos e malabarismos criacionais. Infância deslavada (em rebeldias com guloseimas). Repúdios e disparates. Pirilâmpadas e acelerações de proximidades, com partículas de luz. Um convertido neobeatnik cervejólogo em tenebrosos tempos pós-modernos?. O autor conhece bem o lado doloroso da sobrevivência humana, ainda que tenha um sentimento profundo como fuga, no poetar entre a arte risadora, e as tentativas de abismos, por isso mesmo traz pertencimentos, entre achadouros e chorumes; com poemas-histórias-em-quadrinhos, e ainda poemas-figurinhas-carimbadas. Paletas de acontecências, muito além de Santa Itararé das Artes, Cidade Poema. O cyber poeta deita falatório. Meteoritos. Toca (sola) prazeiranças líricas, contentezas barulhosas muito além das sofrências da vida. Solos de silêncio e solidão. Reflexos literários de seu lado sentidor, pensador. Poesia variada e incomensurável.  Que fio-terra é escrever? Todo é poeta assim mesmo, como o próprio autor disse no Programa Provocações de Antonio Abujamra, TV Cultura/SP, que “Corta os pulsos com poesia”. Desvairados Inutensílios é isso.

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