"Artistas de Itararé, Cidade Poema"

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Capital Artístico-Cultural Boêmica do Sul de São paulo

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Clã dos Fanáticos Por Itararé, Cidade Poema

Palco Iluminado de Andorinhas Sem Breque

Os Dez Maiores Artistas de Itararé, Ano 2011

Dez Maiores Artistas de Itararé















01)-Maestro Gaya







02)-Jorge Chuéri







03)-Irmãs Pagãs







04)-Paulo Rolim







05)-Silas Correa Leite







06)-Paschoal Melillo







07)-Rogéria Holtz







08)-Dorothy Janson Moretti







09)-Regina Tatit







10)-Armando Merege







Itararé, Bonita Pela Própria Natureza

Itararé, Bonita Pela Própria Natureza
Nosso Amor já Tem Cem Anos

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Hoje Eu Acordei - Poema Dedicado a Bill Gates

HOJE EU ACORDEI...


Para Bill Gates



Hoje eu acordei assim... meio sem sinal

Pois nada de mim me ligava a nada...

Um alto sol ardido como baita sonrisal

E eu espumando a manhã raiada...



Faltava luz, faltava força, faltava o primordial

Nem Tim, nem Claro, nem Oi, nem Vivo; alma lavada

Eu era meio alguma coisa ali e tinha o essencial

Um horizonte aberto para o ar puro da jornada



Sem IPod, MP3, tablet, e-book, facebook… nada igual

Café frio, leite quente; a mesmíssima velha torrada

Senti-me um leque de seda se abrindo pro mundo real

Janelas, portas, coração com mimo: a alma habitada...



Súbito me sobe o sindico histérico feito um bagual

Dizendo da conexão do condomínio Flamboyant cortada

Se queria fazer pro suporte técnico a reclamação formal

Pelo prejuízo a todos causados na silencitude sitiada



Desliguei chorando... Esqueci TV, internet, celular, jornal

Quem mesmo era eu de novo ali - vida escancarada?

Um ser puro e pleno querendo me livrar de ser social

Sem qualquer rede de uma contemporaneidade ilhada



Estamos cercados no muro de tudo ser virtual

Que vida besta meu Deus – E a infância; e a juventude errada?

Filhos da Xuxa, do Orkut, do Twitter – filhos de ninguém e nada

Que falta de amor, de luz, de Deus, de afeto real?



A internet substitui a família; somos senhas. E a estrada

Esgotando horizontes entre arranha-céus e a escada

Guaritas, medos, rabos, antenas... e uma solidão pilhada

Tantas neuras, drogas. E a gaiola do vivencial fechada...



Voltei a dormir meu insano turno naquela nova estada

Sonhei uma outra vida, outro mundo, uma outra jornada

Muito além de mim, desse progresso, moderno, sacrificial

Porque talvez sonhando eu me livrasse de todo mal..

Mas muito triste acordei chorando de madrugada

A luz acesa, a tevê ligada, o computador dando o sinal

Que pesadelo de insano consumismo é uma rede social

Se as infovias efêmeras já não nos levam a nada?



-0-



Silas Correa Leite

Santa Itararé das Letras

E-mail poesilas@terra.com.br

WWW.portas-lapsos.zip.net





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