"Artistas de Itararé, Cidade Poema"

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Capital Artístico-Cultural Boêmica do Sul de São paulo

BLOGUE ARTISTAS DE ITARARÉ CHÃO DE ESTRELAS

"Artistas de Itararé, Chão de Estrelas"

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Clã dos Fanáticos Por Itararé, Cidade Poema

Palco Iluminado de Andorinhas Sem Breque

Os Dez Maiores Artistas de Itararé, Ano 2011

Dez Maiores Artistas de Itararé















01)-Maestro Gaya







02)-Jorge Chuéri







03)-Irmãs Pagãs







04)-Paulo Rolim







05)-Silas Correa Leite







06)-Paschoal Melillo







07)-Rogéria Holtz







08)-Dorothy Janson Moretti







09)-Regina Tatit







10)-Armando Merege







Itararé, Bonita Pela Própria Natureza

Itararé, Bonita Pela Própria Natureza
Nosso Amor já Tem Cem Anos

sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

ESTOU DO LADO DOS QUE MERECEM RESPEITO


ESTOU DO LADO DOS QUE MERECEM RESPEITO...

-... Desde muito pequenino ainda, mesmo precoce, birrento e pidão, mas sentidor e eterno aprendiz da alma humana, por assim dizer, era tachado de encrenqueiro, por lutar contra injustiças, ver o lado humano dessa ‘gentehumana’ que errava por circunstancial de percurso de aprendizado e era criticada, punida, então, cedo me descobri, pobre de mim, poeta dos fracos e oprimidos, talvez um defeito de fabricação, do DNA... do meu amor e solidariedade aos aleijados por dentro, aos excluídos sociais, aos pequeninos... bem-aventurados... do meu respeito e respaldo às mulheres guerreiras, aos negros, aos pobres, aos nordestinos, aos animais, aos excluídos sociais...

-... desde muito jovem ainda que amava os Beatles e Tonico e Tinoco, e já escrevendo a escurez da vida, minha visão não era para os possuídos, de um país que só era rico para os ricos, para os brancos, para os estrangeiros, para uma elite insensível e inumana, mas não para os pobres que ficavam às margens do caminho, e cedo comprei briga, desde a minha cidade para os que eram discriminados, mulheres que eram despossuídas de afeto social, essa gente humilde da qual sou originário e amo tanto, pensando num país que realmente tivesse uma politica em que o chamado povão fosse realmente a razão de ser do que preconiza o próprio direito constitucional, de que o poder emana do povo (todo o povo) e em seu nome deve ser exercido...

-... depois, em sp, lutando contra as misérias do cotidiano, passei fome, dormi na rua, lutei pela sobrevivência possível e fui perseguido por ser contra uma ditadura financiada pela corrupção paulistana, perdi emprego, perdi bolsa de estudos, fui fichado nos porões dos podres poderes amorais do regime de exceção, mas eu sempre soube e sinto e sei de que lado da barricada estava e estou, os miseráveis...

-... formado, trabalhei na área de direito, e saquei com muita dor no coração e tristeza na alma que nesse país justiça é só para ricos e poderosos, para os pobres a vergonha, a humilhação, a desonra, os processos por dizer verdade que provocam fichas sujas de gente inocente e fichas limpas em corruptos e ladrões como em Samparaguai, o estado máfia, de muitos lucros impunes... riquezas injustas (como falou São Lucas), propriedades roubos... muito ouro e pouco pão...

-... fui reger aulas e me encontrei no humanamente possível, plantando mudanças, enchendo o coração dos alunos de sonhos, vivenciando finalmente um lado sentidor na prática presencial, formado, aflorado, e o lado da busca pela justiça batendo forte, contra autoridades que fazem do cargo a vida afetivo-emocional porque mal amadas, e que precisavam tomar remédios para dormir, porque quem precisa de poder, status, cargo, diploma hierarquia para se sentir importante, poderosa ou dona da verdade, está precisando de tratamento e muito amor, já que não há hierarquia na grossura... e a maior vingança é ser feliz…

-... por essas lidas da justiça sonhos, poemas, baladas e prosas, vim-me aprendendo, lutando contra a dor dos outros, me colocando no lugar do outro, a mulher perseguida, o negro discriminado, o subalterno oprimido, o índio caçado, o morador de rua abandonado, o excluído social, o velhinho desprezado, a criança não provida... A alma humana é minha praia...

-... assim, perdoem caros amigos, em qualquer lugar onde houver uma mulher sendo atacada, perseguida, xingada, eu estarei de prontidão com minha metralhadora dialética cheia de lágrimas para defendê-la. Onde houver um perseguido, lá estarei poeta sem lenço e sem documento com minha bandeira de luta buscando por justiça ainda que tardia, lá onde houver um caboclo, um favelado, um negro, um pobre, sou eu, sou esse, brasileirinho. Nunca me esquecerei do lugar que vim e o que sou... Não me mudei de lugar, não me mudei de mim, não estive nunca ao lado do opressor, do explorador, do que acha que é o que não é, do que pensa que pensa... do que xinga (sem caráter e sem educação), ofende sem conhecimento historial, porque ouviu o galo fascista e conservador cantar e não sabe onde, talvez mero cérebro receptáculo de uma mídia suja e tendenciosa, e de uma sociedade injusta, discriminatória, falso cristã, sem moral...

-... por isso perdoem meus posts, os que compartilho, as falas, o que crio no açodado da dor entre a ferida e a cicatriz, não posso deixar de ser porta-voz não remunerado dos fracos e oprimido, não melhorei de vida a não ser sendo um rebelde a estudar muito feito um louco, não logrei ninguém, não pilhei ninguém, não levei vantagem em nada, e quando alguém brinca de perguntar se estou rico, respondo que estou digno... as mãos limpas do sangue desses que sonham um Brasil de todos por todos... pátria-nação, pátria-mãe...

... assim, perdoem se eu sou um sonhador. Minha mulher diz que exercito bem a minha cidadania ético-plural-comunitária. Meus amigos dizem que sou um defensor de causas perdidas, meus inimigos dizem que se eu fosse malandro, mau caráter, corrupto, ladrão, menos bocudo (falso e dissimulado) e de direita, já seria deputado, estaria podre de rico na vida. Mas, afinal, o que somos nós?

-... “cada    quá com seu picuá”, diz um adágio popularesco de Itararé, minha terra-mãe. O guri que foi engraxate, boia-fria, garçom, e que uma professora anjo o tornou poeta de meia tigela, ainda carrega a sua cruz, a sua luz, a sua briga por utopias, acreditando na arte como libertação, acreditando no amor ao próximo sempre por inclusões sociais, em defesa dos fracos e oprimidos, dos negros, dos favelados, das mulheres-bandeiras desse Brasil de tantos canteiros e florações...

-... quando a morte vier me buscar; ou se eu morrer amanhã de amanhã, pois bem, digam que eu lutei contra moinhos e ventos,  ilusões humanas, que sonhei a esperança como inteligência da vida, que fui um plantador de sonhos, e que acredito sempre na força da mulher brasileira – tive ótimos referenciais em família, na escola e entre amizades zenboêmicas – que acredito na força do negro que canta e vibra e busca justiça social, que sou um pobre coitado que se aventurou de ser um sonhador de causas justas e que não se arrependeu, que morreu pelo sonho de uma verdadeira democracia social, de uma justiça realmente justa, de uma sociedade menos insensível e hipócrita, de uma verdadeira, no Brasil, no planeta terra, uma  GENTE HUMANA AINDA QUE TARDIA...

- SILAS CORREA LEITE

www.artistasdeitarare.blogspot.com/

Relatos de Um Certo “Gente”


E-mail: poesilas@terra.com.br


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