"Artistas de Itararé, Cidade Poema"

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Capital Artístico-Cultural Boêmica do Sul de São paulo

BLOGUE ARTISTAS DE ITARARÉ CHÃO DE ESTRELAS

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Clã dos Fanáticos Por Itararé, Cidade Poema

Palco Iluminado de Andorinhas Sem Breque

Os Dez Maiores Artistas de Itararé, Ano 2011

Dez Maiores Artistas de Itararé















01)-Maestro Gaya







02)-Jorge Chuéri







03)-Irmãs Pagãs







04)-Paulo Rolim







05)-Silas Correa Leite







06)-Paschoal Melillo







07)-Rogéria Holtz







08)-Dorothy Janson Moretti







09)-Regina Tatit







10)-Armando Merege







Itararé, Bonita Pela Própria Natureza

Itararé, Bonita Pela Própria Natureza
Nosso Amor já Tem Cem Anos

domingo, 30 de agosto de 2009

Vou-me Embora para o Passado, Poema de Silas Correa Leitete





Vou-me Embora para o Passado

Para o Amigo Basilio Verga

Vou-me embora para o passado
Lá está a minha Itararé alada, inteirinha
(Éramos felizes e ninguém estava morto)
Os vizinhos, os irmãos, a Vila São Vicente
E na pobreza sopa de fubá com couve rasgada

Vou-me embora para o passado
Toda a Rua 24 de Outubro cor-de-rosa
Minh´alma descalça “cerrindo”
Bola de capotão, calipiá, forfé
Eu era uma andorinha sem breque de Itararé

Vou-me embora para o passado
Bolo de piruá – o pessegueiro florido
Eu lia gibis do Capitão Márvel
Sonhava ser herói, poeta, e estou aqui
Saudade de Itararé em floração de lágrimas

Vou-me embora para o passado
Jeronça, Nelson, Tadeu, Ademar, Basilio
A mãe no fogão vermelho fazendo cequilhos
A aldeia natal tinha frondosos pinheirais
Belas sabiás de peito amarelo no lar and jazz

Vou-me embora para o passado
Banda Furiosa, Grupo Escolar Tomé Teixeira
O guri ranhento que vendia jornal O Guarani
Baile com o Nenê Som Seis no Clube Fronteira
Eu era um piá inocente e com amarelão ali
...............................................................................
Agora no futuro com a minha sozinhez
Quero minha Itararé antiga de novo – Chorei!
Em algum lugar do passado eu me fiquei
Tristices na alma – saudade rósea tez:
Quero de novo históriais do Tempo do “Era Uma vez”!
-0-
Silas Correa Leite, Santa Itararé das Letras, Cidade Poema
E-mail:
poesilas@terra;com.br
www.portas-lapsos.zip.net

sábado, 29 de agosto de 2009

Escritor Premiado de Itararé Entrevistado No Canal Universitário




Silas Correa Leite, Escritor Premiado de Itararé

É Entrevistado no Programa “Imprensa Em Debate”, Canal Universitário


Alguns dias após ser entrevistado pelo Antonio Abujamra, no Programa Provocações, da TV Cultura de São Paulo, cuja edição irá ao ar no próximo dia 11 de setembro às 22 horas, o escritor premiado em verso e prosa, Silas Correa Leite, jornalista comunitário, teórico da educação e conselheiro em Direitos Humanos (com especialização em Literatura e Arte na Comunicação pela USP), tachado pelo site Capitu de “O Neomaldito da Web” – publicado atualmente em quase 500 sites - foi agora entrevistado dia 28 de agosto passado, pelo Programa Imprensa em Debate, Canal Universitário de São Paulo. A gravação ocorreu nos estúdios do Curso de Jornalismo da Universidade São Judas Tadeu, na Mooca, zona leste de capital paulista, cuja temática foi Jornalismo Cultural. O programa do escritor de Itararé-SP ainda não tem data para ir ao ar. Silas, que já tinha sido entrevistado pela Márcia Peltier, no Jornal da Noite, Rede Bandeirantes de Televisão, pelo Metrópolis da TV Cultura de São Paulo, e pelo Programa Na Berlinda, Rede 21, tv a cabo, mais uma vez é chamado para opinar, falar de seu trabalho lítero-cultural, que ganha rumo, vulto e nome na chamada literatura brasileira contemporânea, principalmente depois do sucesso de seu livro de Contos CAMPO DE TRIGO COM CORVOS, finalista do Prêmio Telecom, Portugal, e do e-book de sucesso, O RINOCERONTE DE CLARICE, que recentemente foi tese de doutorado pela UFAL, primeiro livro interativo da rede mundial de computadores.

(Da Redação)
Delmiro T. Latz - boalmanews
Delmirot@bol.com.br

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Jorge Chuéri, Maior Patrimônio de Itararé, Cidade Poema




Jorge Chuéri, Eterno Imperador de Itararé


“Eu vi muitos cabelos brancos/No rosto do artista/O
tempo não pára e no entanto ele nunca envelhece...”
(Força Estranha – Caetano Veloso)

-Meninos, eu vi: O Jorge Chuéri, meu herói, na livraria e papelaria ali na esquina da Rua São Pedro com a Rua Coronel Crescêncio, pertinho do empório do Seu Vitorino. Pois foi ali que comprei meus primeiros gibis – Aí Mocinho! - caminhos suaves para tecer rama de palavras e achar ninhos de passarinhos em sovacos de dinossauros encantados. A esquina era ninhal de fantasias em quadrinhos. A Leila era tão meiga, batalhadora – e linda!

-Meninos, eu vi: O Jorge Chuéri carnavalesco, bolando fantasias, fazendo colunas (Cofre da Folia) de Carnaval pro Jornal “O Itararé” do Clã Tatit – ao qual está maravilhosamente está eternamente ligado – compondo marchas belas, trabalhando de sol a sol, mas aproveitando a fauna notívaga de Itararé, até porque ninguém é de ferro e, afinal, a melhor vingança é ser feliz!

-Meninos, eu vi: O Jorge Chuéri amigão, solidário, com uma trupe de seres humanos de altíssimo naipe, bancando a construção do Clube Recreativo Primeiro de Maio, paradoxalmente ao mesmo tempo em que era Fronteirano roxo, quero dizer, Fronteirano sanguíneo como é a bandeira vermelha de nosso coração Fronteirano. Ave Chuéri!

-Meninos, eu vi: O Jorge Chuéri também literalmente pintando e bordando, porque, eclético, autodidata, altamente sensível, ser humano de primeira grandeza, a maior estrela desse nosso chão de estrelas. Ele sempre foi contador de causos, sempre teve ótimo humor, é piadista hilário, seguramente corretíssimo nos negócios, uma pessoa de fazer você viver em paz com você mesmo. Um anjo?

-Meninos, eu vi. E esse homem tem história pra contar. Um romance em pessoa. Um livro aberto. Cada página-luz de seus dias, vive intensamente, nunca soube que fez alguém chorar, mais, tornou-se nosso mestre e o Poetinha virou bloco (idéia dele), e o estandarte foi ele quem fez. Foi Deus que fez o Jorge Chuéri e o deu de presente para a aldeia Itararé?.

-Mais de oitenta anos, e, sabem? Um menino. Pois quando eu vi os cabelos brancos na fronte do artista, notei que aquilo é só um disfarce, pois verdadeiramente o menino Jorge Chuéri corre atrás da arte, da cultura, viça seu talento, ganha prêmios, trabalha muito ainda, com seu Fiat Amarelinho vai vendendo seus papéis, ele mesmo uma página de rosto que, sim, consagra toda uma vida de encanto.

-Mestre Jorge Chuéri, na aquarela de sua alma, carrega as tintas de um viver intenso, de um curtir a vida de uma forma toda especial, semeando de amizades sua estrada que vai dar muito além do sol, sendo o seu ateliê o mais mágico pedaço da Terra do Nunca ali na Rua XV de Novembro, paredemeia com o glorioso alvirrubro Clube Atlético Fronteira que amamos tanto, e que o homenageou num Carnaval desses anos pelaí – o Bloco do Poetinha o homenageou num Carnaval passado – num verdadeiro tributo de reconhecimento especial. Crianças, jovens, foliões, famílias, todos irradiados de sua existência, param para vê-lo, aplaudem-no, vão tocar seu rosto claro, beijar sua mão de criador, como se o quisessem confirmar verdadeiro, comprovar se ele existe mesmo ou é só uma lenda, um mito, e tocavam contentes o Jorge Chuéri como tocam um Gnomo, um Delfos, um Ogro, um anjo, um personagem de história em quadrinhos, talvez Super-Jorge Chuéri Em Ação, com seu pincel mágico, seu olhar cativador, seu sorriso-árvore, feito um cedro do Líbano plantado em berço esplêndido da Estância Boêmia de Itararé.

-O Clube Atlético Fronteira inteirinho dançou pra ele, ao reverenciá-lo, o Rei Momo foi legitimado nele, ele brincou e sorriu, recebeu mimos tácteis, foi fartamente abraçado, coroado, aplaudido, premiado, mas, também, confesso honrado, nós é que somos premiados por tê-lo como amigo, artista, fiel camarada. Habemus Chuéri!

-Depois foi é ressaca porque o fígado faz mal pras cervejas. Depois das cinzas, os guerreiros baixam os estandartes, voltam ao batente, estudam, e, sim, contarão causos no futuro do futuro, e inventarão o inexistente, e ele, o polivalente Jorge Chuéri, depois da gandaia, estará nesse contexto social, trabalhando sério, visitando amigos leais, tomando cervejas, escrevendo para os jornais, lendo muito, enfim, sendo o que sempre foi com maestria e sabe muito bem ser, sendo humanus, sendo elegante, sendo verdadeiro, sendo a maior estrela desse nosso chão de estrelas chamado Itararé.

-Está pintando algum novo quadro, Jorge Chuéri? -Está escrevendo um novo causo engraçado, Jorge Chuéri? -Está viajando muito, Jorge Chuéri? -Está ainda na Diretoria do CAF Jorge Chuéri? Esse é o homem. Esse é o guerreiro lutando contra o dragão do tempo e vencendo-o... Sorte nossa. Sorte desta Santa Itararé das Letras que amamos tanto!

-Eu vi o Jorge Chuéri feliz pelo magno reconhecimento, pois entre todos os Itarareeenses-Andorinhas sem dúvida é o melhor. E nós, seus discípulos etílicos, musas e boêmios, temos nele um farol, um referencial, como o maior patrimônio artístico-cultural de Itararé. Saravá, Jorge Chuéri! Até o próximo forfé. Vê se não fica até tarde na gandaia, hein?. Vê se come bem; Vê se toma direitinho os remédios. Vê se não mancha muito o jaleco de tinta, vê se não corre atrás de borboletas da memórias, vê se se cuida certinho que o ano que vem tem mais e você é muito importante para todos nós que também te amamos tanto!

-0-

(Todos Nós - Fanáticos Pelo Jorge Chuéri – SCL/Bloco do Poetinha )
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Entrevista do Escritor Silas Correa Leite a Selmo Vasconcellos




Entrevista Silas Correa Leite

ENTREVISTA a Selmo Vasconcelos

1-Quais as suas outras atividades, além de escrever ?
RESPOSTA:
-Trabalhei muitos anos na área de Direito, setor Contencioso, sendo bacharel em direito, atualmente sou, além de Professor da Rede Pública e Particular de Ensino, (Geografia, História, Ética e Filosofia), Jornalista Comunitário, Coordenador de Pesquisas da FAPESP-USP em Culturas Juvenis, Conselheiro em Direitos Humanos (SP) e Escritor membro da UBE-União Brasileira de Escritores, Poeta, Ensaísta e Ficcionista.
2-Como surgiu seu interesse literário ?
RESPOSTA:
Filho de compositor sacro, regente de corais e maestro de bandas, em vez de preferir exercitar algumas notas musicais do meu próprio nome (Si...lás...), cedo escrevia em pedaços de compensados, de papelão, folhas de papel de pão. Com 16 anos já escrevia para jornais de Santa Itararé das Letras, minha terra-mãe. Poemas, humor, croniquetas, pensadilhos (pensamentos-trocadilhos). Como era uma espécie de castigo em casa ler muito, jornal, dicionário, jornais, bíblia, comecei por gostar dos castigos. E escrevia nos álbuns das irmãs, já bolando causos, dobrados, desenhos e tantas coisas, como personagens de gibis. A arte como libertação do Eu de mim? O interesse também incentivado pelo primeiro anjo que Deus colocou em minha vida: minha primeira professora do Curso Primário (Grupo Escolar Tomé Teixeira), Jocelina Stachoviach de Oliveira. Familia humilde, buscava um lugar ao sol para sonhar com mudanças do meu clã um certo dia, no devir. Pois ler, escrever era essa escada para o alto. Sou tudo o que sou, graças a esta mestra. Naquele tempo não tinha escola para ricos e, eu, entre filhos de doutores, mestres, autoridades, pobre, com amarelão, via-os tirar notas boas, dez, e eu comecei a tirar também. Com roupas pobres, cerzidas, puídas, de terceira mão, lia poemas sobre a árvore, o índio, a bandeira, a pátria. E logo comecei a ler os meus próprios e precoces poemas, corrigidos pela mestra, claro. Com 16 anos tinha sido aprovado nom concurso de locutor da Rádio Clube de Itararé, nos shows prata da casa imitava ídolos da Jovem Guarda, e já escrevia pro jornal O Guarani, com o pseudônimo, Sil Corley (minhas iniciais), porque meu pai achou que eu era muito precoce, não deveria escrever. Escrevo até hoje. Quarenta anos escrevendo. Sou autor do Hino ao Itarareense. Meu pai é nome de rua em Itararé. Rua Maestro Antenor Correa Leite. Escrever me fez sobreviver, vencer, deixar meu rastro letral no mundo que recebi, como me deram, tentando, com um humanismo de resultados, deixá-lo melhor; nos trabalhos literários de certa forma re-escrevendo o universo com minhas contações, ilusões, esperanças, mais um tanto de surrealismo e realismo fantástico da prosa. Adoro mais ler e escrever do que existir. E continuo lendo muito, escrevendo muito, fugindo muito no que escrevo. Meu reino não é desse mundo? Na casa do Pai há muitas parábolas.
3-Quantos e quais os seus livros publicados dentro e fora do País ?
RESPOSTA:
-Comecei sendo premiado no Elos Clube, Comunidade Lusíada Internacional, e meu conjunto de poemas saiu num livro-antologia que tinha a minha parte-livro, Ruínas & Iluminuras. Depois foi Trilhas & Iluminuras (livreto de poemas), uma editora de Porto Alegre. Depois veio Porta-Lapsos, Poemas, Editora All-Print, SP, depois Os Picaretas do Plano Real (Séria Cantigas de Escárnio e Maldizer), Editora Thesaurus, Brasília, depois Campo de Trigo Com Corvos, Contos, a maioria premiados, Editora Design, Santa Catarina, finalista do prêmio Telecom de Portugal, este ano ganhei o Prêmio Valdeck Almeida de Jesus, (Salvador, Bahia) e sairá (está no prelo) O HOMEM QUE VIROU CERVEJA, Crônicas Hilárias de um Poeta Boêmio, Editora Giz Editorial, também lancei ELE Está No Meio de Nós, Romance Místico Virtual, e-book free no site
www.recantodasletars.com.br, além do e-book de sucesso, O RINOCERONTE DE CLARICE (hoje no site www.itarare.com.br) onze contos (todos falando de Itararé), cada conto com três finais, um final feliz, um final de tragédia e um terceiro final politicamente incorreto, mais a opção de um outro final escrito pelo leitor internauta, um livro interativo, portanto, primeiro livro assim da rede mundial de computadores. Por ser de vanguarda, pioneiro e único no gênero, foi destaque na mídia (Revista da Época, Folha, Estadão, JT, Diário Popular, Correio do Brasil, Poetry Magazine, Revista Kalunga, Revista da Web, Revista Ao Mestre Com Carinho, entre outras, e também reportagem na Bandeirantes, Programa Jornal da Noite/Momento Cultural com Márcia Peltier, Programa Metrópolis, TV Cultura de SP, Rede Vida, Rede Brasil, Rede 21, programa Na Berlinda, Jornalista Helio Rubens. A obra virou leitura obrigatória em Linguagem Virtual, no Mestrado de Ciência da Linguagem, na UNISUL-Universidade do Sul de Santa Catarina, foi tese de mestrado na Universidade de Brasília, e tese de doutorado em Semiótica e Hipertexto, na UFAL, junto com um livro do Mário Prata e outro de José Ubaldo Ribeiro. A tese está no site da Biblioteca Universia. Já estou com um romance sendo avaliado por uma editora, entre outros de humor, sobre educação, infantis, infanto-juvenis e de um de alta ajuda. Logo deve sair. Colaboro com quase 500 sites, até no exterior, consto em mais de 100 antologias literárias em verso e prosa, até internacionais, tenho vários prêmios de renome como poeta e ficcionista.
4-Qual o(s) impacto(s) que propicia(m) atmosfera(s) capaz(es) de produzir literatura ?
RESPOSTA:
-Para mim, pelo que disse, pelo decorrer da minha vida-livro aberto, o horror da vida, a decrépita espécie humana, as injustiças socais, o medo de não sobreviver, a resiliência querendo como um determinado dar testemunho de que, apesar de tudo, a emoção sobrevive, tipo, “faz escuro mais eu canto”, como disse o poeta. A vida não me deu limões, fiz limonadas de lágrimas. E assim carrego a minha cruz: escreViver, sonhando um novo céu, e um novo self, uma nova terra, talvez uma nova guelra e uma nova Atlântida... quando a Teoria de Gaya vencer...
5-Quais os escritores que você admira ?
RESPOSTA:
-Inicialmente como base de aprendizado, Érico Veríssimo, tudo dele, depois Graciliano Ramos, Guimarães Rosa, Drummond, João Cabral de Melo Neto, Manuel Bandeira, em seguida os autores russos todos, hoje incluiria ainda Ítalo Calvino, Umberto Eco, Silvia Plath, Clarice Lispector e Hilda Hist.
6-Qual mensagem de incentivo você daria para os novos poetas ?
-Não se entreguem nunca. Cuidado com o que fazem de vocês, depois de tudo o que a vida fizer de vocês. Andem, pensem, sejam, respirem, estudem, trabalhem, conquistem com as mãos limpas, fazendo arte como libertação. No amor e na dor. Amem e sejam amados, apesar de tudo. O que vocês serão é o que fica como semeadura. A melhor vingança é ser feliz. Um novo mundo melhor. A esperança como inteligência da vida num mundo melhor. Cuidado com o que vocês alimentam, dentro de vocês. Corram atrás, leiam muito, estudem muito. Não é fácil. Mas se fosse fácil, também seríamos fáceis. O poeta, disse Rimbaud, é o "ladrão do fogo". Sejam a diferença. Façam a diferença. Nós podemos. Amem e sejam amados. Sintam a dor do outro. Curem o mundo com os poemas-unguentos de vocês. Há um céu e um inferno dentro de nós. Cuidado com o que vocês vão fazer disso. Escrever é colocar a alma para quarar nessa dimensão-travessia de existencialização. Do jazz nasce a luz.

-0-

Silas Correa Leite
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Hino ao Itarareense, de Itararé, Cidade Poema


Hino ao Itarareense


Composição:

Letra Silas Correa Leite, Música Vanderlei Garcia do Nascimebnto

(Hino Oficial)
1
Se a batalha te chama na história
Voltarás com verve e augusto
Pra ser forte no amor e na glória
Defender Itararé a todo custo
Levas sempre no peito o encanto
De uma Terra de infinita Sé
Dessa aldeia que adoras tanto
Santuário chamado Itararé
(Refrão)
Se a honra de Ser te pertence (
Deste chão és ternura e fé (
Pra viver sempre Itarareense (
E morrer por Itararé! (bis)
2
Sentinela que guarda a fronteira
Um celeiro de pinha e maná
Da legalidade és trincheira
Às barrancas do Paraná
Se te fundas Boêmio que vence
Desde os bosques, planícies até
Te engalanas tão Itarareense
Feito nau ao luar de Itararé
3
Se o Brasil ergue a clava forte
Pra ornar a Carta-Constituição
Lutarás com ardor até a morte
Para valorizar teu rincão
Esse Itarareense-Andorinha
Encantada, do rio verde ao tembé
Sobre a Coronel Jordão se aninha
Chão de Estrelas de Itararé
-0-
Poetinha Silas Correa Leite, do Clã “Fanáticos Por Itararé”
E-mail:
poesilas@terra.com.br
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Estância Boêmia de Itararé, histórica Cidade-Poema, Bonita Pela Própria Natureza, Chão de Estrelas, de Artistas de Talento como:
Aristeu Adão Duarte (Professor, Acadêmico, Cantor Premiado (Mapa Cultural Paulista) Armando Merege (Pintor) Carlos Casagrande (Ator da Rede Globo), Dorothy Janson Moretti (Poeta Premiada), Ed Primo (Pintor que foi destaque na Revista Veja-SP), Edson Marques (Escritor, Prêmio Miguel de Cervantes, Espanha, foi ao Provocações (TV Cultura) do Antonio Abujamra), Gerson Damasceno Gorsky (Doutorado em Música no Exterior), Gustavo Janson (Fotógrafo), Ismael Vaz Cordeiro (Humorista, Palhaço, Radialista), Jannis Vidal (Pintor, Historiador autodidata), Jorge Chuéri (Artista Plástico Premiado, inclusive no exterior e no Banco Real/Talentos da Maioridade), José Maria Silva (Contador de Causos Premiado no Elos Clube/Comunidade Lusíada Internacional, foi ao Programa do Jô Soares/Rede Globo), Lázara Aparecida Fogaça Bandoni (Escritora e Historiadora Premiada), Luiz Antonio Solda (Humorista, Cartunista, Publicitário e Poeta, vários Prêmios), Maestro Gaya (Músico e Arranjador Premiado/Festivais da Record. Descobriu, burilou e produziu (entre outros) Chico Buarque de Hollanda), Maria Aparecida Coquemala (Acadêmica e Escritora Premida, inclusive na Itália), Marina Solda (Pintora), Paulo Rolim (Escritor, Cientista, Ufólogo, Visionário Mediúnico), Paulino Rolim de Moura, Jornalista, Primeiro Ecologista do Brasil, sofreu vários processos, Regina Tatit (Cantora), Rogéria Holtz (Cantora e Compositora), Sebastião Pereira Costa (Escritor), Sérgio Carriel de Lara, Ator, Teatrólogo e Diretor Premiado de Teatro (Mapa Cultural Paulista), Silas Correa Leite (Poeta, Ficcionista e ensaísta, Prêmio Lígia Fagundes Telles Para Professor Escritor; Premiado no Mapa Cultural Paulista (representando Itararé) e também em Portugal, Prêmio Simetria Microcontos/Ficções Fantásticas, acadêmico (FAPESP-USP) foi entrevistado no Programa Momento Cultural, Márcia Peltier, Rede Bandeirantes, e no Programa Metrópolis, TV Cultura, colabora em mais de duzentos sites, Terezinha Iluminada de Mello (Escritora Premiada, Historiadora Premiada), Zunir Pereira de Andrade Filho, Escritor, Pintor.
Frases Sobre Itararé:
-Itararé, Nosso Amor Já Tem cem Anos (Zunir)
-Morro pelo Brasil, Mato por Itararé (Solda)
-Ita(ar)(ar)é (Poetinha Silas)
-Prefiro ficar preso em Itararé do que solto em Itapeva (Boêmio Nelson Corvo)
-Itararé, se colocar grade verde é cadeia, se colocar lona azul é circo, se colocar cortininha cor de carne é zona (Biriteiro e Dono do Bar Fecha-Nunca, Miro Vaca)

(OBS: Ajude a divulgar Itararé. Se você souber de algum outro louco criador ou artista de Itararé de talento, contate a promotora do Blogue “Artistas de Itararé” pelo e-mail:
artistasdeitarare@bol.com.br)

Sempre Haverá Itararé

Último Causo do Zé Beleza de Itararé


Causo de Itararé (Inédito)

O Último Causo do “Zé Beleza”, o Maior Contador de Palha de Santa Itararé das Letras

Quem conta um causo ou um conto
Aumenta um tanto feito um tonto...

Romero, filho da Dona Santa coberta de ouro e prata
(In Memóriam)

- ...é bem perigoso sim sor... o Getúlio Vargas viria alarmado feito uma paca obesa montado num alazão azul-biscate, o Hitler vestindo farda amarelo-ovo-choco, mais falador do que o Tó do Zuza em velório (querendo aparecer mais do que o morto), o Nero, todo maricóm pitando alguma coisa com um Cusarruim de uma perna só e ainda vermelhona; com os olhos esfumaçados e com um baita cheiro-de-fedô de quem queimou o cabo do facão, todos querendo invadir Itararé, bombardear nossa cidade, já pensou, hein, Zé Maria dos Causos? Sartei de banda. Onde já se viu isso. Tem cabimento...tem cabimento...

-A marota piazada peidorreira e com amarelão, com faniquitos, rueira, já tava toda prontinha da silva, cetras prontas, estilingues reforçados, com os bolsos cheios de mamonas assassinas, mandorovás elétricos de goiabeiras com bichos, e mesmo bolinhas de gude das pintadas com olho de anjo, só esperando os três tranqueiras chegarem com o tropé das tropas revolucionárias para começarem além das marotices, a fuzarca do tiroteio por atacado. Vão ouvindo, vão ouvindo... Bota outra pinga fiado aí, Tunico Bitencourt, não rateie, vá...

-Fui falar com o cumpadre Wiederin que arrumou uma maquininha de quebrar e lançar pedra de britadeira; falei com o Willes Gorsky que me emprestou o primeiro avião que ele tinha inventado no mundo (o do Santos Dumont que não era santo nem nada, era malemal uma cópia maleixa com craca, pois errou 13 vezes e ainda teve 14 bis). Fui depressinha sondar o cumpadre João Feijão que, fanático por Itararé, claro, me emprestou machados, guilhotinas, cadeiras elétricas, arapucas, armadilhas, facas, bicicletas, arpões, espadas, ratoeiras, lampiões Aladim, guaritas, bombas de “defeito” moral, bazucas, granadas de urtigas, metralhadoras giratórias de bolso, garruchas e até alguns cantis de alumínio. Sim, cantil, claro, né, Fernando Milcores, onde é que a gente ia caprichar de esconder a pinga do Fritz?. Nos cartuchos de “pólva” que não era... sabei-me lá... entojado...

-Eu tava com o encardido “figo” meio maleixo mesmo, urinando azul-salubre, mas pedi pro Maestro Ataliba do Acordeão, vir tocar Saudades do Matão, do Paschoal Melilo (que vendou a música depois prum cara estranja de fora por altos tostões e comprou casa em Paris com a bufunfa), assim, enquanto isso o sargento Fuinha do Tiro de Guerra e seus mais de um milhão de recos mandavam bala nos invasores feição do dianho, nós, entre umas mazurcas e umas polcas, metíamos coisarada com estrumes de tordilhos nos três tranqueiras e suas tropas e canhões. O Getulio, o Hitler e o Nero iriam ver o circo pegar fogo no fiofó deles... enquanto eu muito sabido e “estratégio” pedi prum piazote manquitola bem tranqueira e cara de bosta seca, que fosse escondido (disfarçado de vendedor de dolé de groselha preta) até Sengés, com um prego enorme furtado da casa do Velho Zarpelão, e lá furasse os pneus dos trens da Caravana do Getulio que vinha mesmo era cheia de biscates fronteiriças dos pagos do sul, daquelas pedaçudas pintas brabas mesmo, ele ia é montar num porco, o caipora lazarento chupador de charutos paraguaios. Tão me ouvindo?

O Prefeito pediu pra ligarem pra Nasa, que tinha um parente do Angelo Ghizzi lá, e iria fornecer alguma bomba “tônica” pra gente sumir com os gaúchos bombachudos, e assim Itararé ficou emperiquitada até porque ia ter baile no Fronteira, baile na zona da Vila Osório, e a gente ainda tinha a peleja com os filhotes de cruz credo, o Vargas, o Nero e o Hitler. “Liás”, a bem da verdade, o Vargas era buchudo e de bombacha parecia um barril de petróleo “verde-olivia”. O Hitler, todo janota e frajola, com aquele andar-de-segura-peido e sempre com a mão espalmada pro alto (devia ter “furunco” no sovaco vencido), mas pior mesmo era o Nero, um “donzelo”, com a cara de polaco lazarento, com um isqueiro na mão direita bem mole e cheia de pó de arroz, e ainda rebolando mais do que o Zé Muié com calcanhar de frigideira...

Pois Itararé inteirinha, com quase dois milhões e meio de gente de fio a pavio, bem contado, prontinha pro forfé que iria ser um embate daqueles, de causar furor, ganhar estampa no mundo sem porteira inteiro, mesmo que muita gente de ambos os dois lados fosse pro saco. Ia ser uma barbaridade, mas eu já tava pronto, com meu canivete suíço cabritado e traiçoeiro, com minha espingarda de socar chumbinhos pela boca, um penico vermelho-bereba e, sabendo que iria dar no couro, botar os intrusos pra correr, que fossem peidar nágua os jaguaras, Itararé não iria aceitar aquela revolução dos quintos, assim sem mais nem menos.

Tava assim tudo arranjado pra gente ganhar a batalha de Itararé, aí apareceu uma festa que era meio que uma "oliúde" de califórnia de carteado em Itapeva, no Clube Operário, um concorrido bailão com os Marionetes em Ribeirão Vermelho do Sul, um supimpa jogo entre a Associação e um time de oitava divisão de Itaberá, um exótico circo gringo em Itaporanga, um rodeio de boi guzerá em Fartura, e, depois, era época de colheita de marolos em Apiaí e a tranqueirada dos bóias-frias precisava faturar porque estavam latindo no quintal pra economizar cachorro. Ainda tinha mais, aguentem só: a Sarita Montiel, a Raquel Velch e a Sandra Bréa iam fazer um nu artístico por atacado numa boate em Itapetininga. Já pensou que desboque? Fomos na Fiúza. Piorou: o Tiro de Guerra foi chamado prum desfile emperiquitado com a fanfarra do Instituto Epaminondas Lobo em Avaré, quando já se viu, Itararé estava mais vazia do que a cabeça do tongo do Laércio Amado que naqueles tempos da água beber onça era um caipira polaco brucutu domador de éguas xucras e molenga de raciocínio que só vendo, um saranga feição de mandioca vassourinha descascada.

Daí a coisa deu diferente do que eu bolei, né, não? Tudo deu errado, eu, maleixo, mal cismei o guaiú todo. Só por Deus. Os homens foram chegando sem bondiar, caras de tacho, uns daqui, outros dali, a cavalo, a pé, em tanques, outros em canhões com rodinhas, em carroças cobertas com lona e cheia de charque, em “helicóperos” com lança-chamas, se assomaram, todos se arvorando, e sem mais nem menos foram se aprumando entre nós, sentando, deitando falatório, dormindo em vagões da estação rodoviária, ares de importantes os tranqueiras, depois saqueando o armazém dos Pelissaris, empastelando o Jornal O Itararé, tomando tubaina do Vilela no Bar do Calixtrato, comendo encapotado de frango no bar do Dico, tirando uma e outra donzela pra dançar uma Valsa Vienense que o Aneor tinha inventado no acordeão desafinado e roufenho, quando se viu, fomos levados no bico, que peleja que nada, Itararé tava toda tomada, tinha ido de bubuia, Getúlio arrotando pose, todo trancham, o pai do Gustavo Janson todo pimpão fotografando tudo pra mandar pra Revista Manchete e pra BBC em Londres, e assim, caiporas, a batalha de Itararé deu em nada, os gaúchos passaram, o Vargas todo topetudo, o Hitler todo arreganhado falando em língua do dianho ranhento, o Nero cheio de frisson de conversa fiada com o Zé Muié, e assim, caras pálidas, entramos pra história com causos contados de maneira errada; mentiram pra todo mundo, não ganhamos e nem perdemos, zero a zero foi goleada, houve um empate técnico; que Batalha de Itararé que nada, foi tudo uma xingação com cerveja porter, truco no muque, e, flatulências sonoras de lado a lado, no fim, ninguém perdeu ou ganhou, Itararé ficou frustrada que não teve uma baita briga daquelas mesmo que a gente ia mesmo dar uma sova nos invasores.

Que “largura rinso” a sorte do Vargas, ou ele iria encher a bombacha. Que esperasse pra ver. Vocês não acreditam? Depois, devem ter misturado a tal da Batalha de Itararé com alguma Batalha de Itariri, Itororó, Riachuelo, Pernambucanas, Casas Bahia, Monte Castelo, Walterlu, Iraquenistão, Correa do Norte, essas coisas de mentirosos e inventadores do inexistente... Perguntem pro Nequinha, pro Chico Preto, ou pro Mário Padial Chaves, ou ainda pro Véio Biscoiteiro, pro Miro Vaca ou pro Foguetão da Banda, que eles contam com detalhes ainda mais confirmatórios do que eu disse. Vocês queriam o quê, seus estrupícios, que Itararé fosse varrida do mapa, que nós deixássemos os gaúchos encherem o bucho, encherem o picuá e depois fossem deitar falatório noutra freguesia perto do Rio de Janeiro? Eu, hein, Vica? O meu amigo filósofo João da Égua já dizia: “Quem pode, pode, quem não pode desocupa a moite”. Aliás, a bem da verdade, dizem que o GetúlioVargas com a consciência pesada com a fama ruim que como maldição teria causado com a tal batalha de Itararé que não houve, depois se matou, cheio de remorso, o tranqueira espeloteado. Eu conto o que vi. E quem quiser que conte outra. Cada quá com seu picuá... E, quer saber? Já me encheu o pacová.

Acho que alguma coisa não me caiu bem, me desarranjou o intestino grosso, fino e “delegado”. A pamonha azeda que comi? As pingas que tomei? Tô com uns fuzilos labiriscando na tripas. Uma azeitona de pastel de feira?... acho que tô com algum desarranjo daqueles na “flora e fauna” intestinal... E agora, com licencinha, que tô com o estômago carecido e vou ali na “casinha” mal-caiada do bar do Orozimbo Ruivo “passar um telegrama”.
-0-
Silas Correa Leite – República Etílico-Rural de Itararé, Santa Itararé das Letras-SP,Brasil
Causo da Série “Sempre Haverá Itararé” – Livro de memórias inventadas do autor
E-mail:
poesilas@terra.com.br - Blog premiado do UOL; www.portas-lapsos.zip.net
Autor de O HOMEM QUE VIROU CERVEJA, Crônicas Hilárias de Um Poeta Boêmio, Prêmio Valdeck Almeida de Jesus, Salvador, Bahia, no prelo, Giz Editorial-SP.

Poema de Silas Correa Leite: My Way




Poema de Silas Correa Leite

My Way


Um dia você acorda e olha pra trás

E diz: eu não era nada.

E vê toda vida que fez do seu jeito

E pergunta: terá valido a pena?


Você acha que venceu na vida

Mas sabe: o que restou de você?

Talvez muito pouco ou quase nada

Daquilo: uma criança pura.


Um dia você cai em si e teme

O resultado: o que fizeram de você

A luta a dor, as amarguras e

Seqüelas: terá sido uma vitória?


Dentro do seu coração os sonhos

E as escuridões: são os poemas

Que você escreve porque tem medo

De se matar: morrer depois de tudo?

..............................................................

Um dia você não quer olhar pra trás

E nem pra você: foge para a poesia.

(Na escrita há um tempo irreal

Uma ilhota íntima: você em você!)


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SILAS CORREA LEITE

Silas Correa Leite, do clã “Fanáticos por Itararé”, é Teórico da Educação, Jornalista Comunitário, Coordenador de Pesquisas da FAPESP/USP em Culturas Juvenis e Conselheiro em Direitos Humanos (SP). Começou a escrever aos 16 anos no jornal “O Guarani” (Familia Hermínio Lages) de Itararé. De família pobre, migrou para SP em 1970 com 18 anos e a quarta-séria do curso primário no G.E.T.T(Grupo Escolar Tomé Teixeira). Voltou a estudar, fez Direito, Geografia. É Especialista em Educação (Mackenzie), com extensão universitária em Literatura na Comunicação (ECA) e Direitos Humanos e Cidadania. Autor entre outros de “Porta-Lapsos”, Poemas, Editora All-Print (SP) e “Campo de Trigo Com Corvos”, Contos, Editora Design (SC), obra finalista do prêmio Telecom, Portugal 2007, ambas a venda no site
www.livrariacultura.com.br, e O Homem Que Virou Cerveja, Crônicas Hilárias de um Poeta Boêmio, Prêmio Valdeck Almeida de Jesus, Salvador Bahia, 2009, Giz Editorial, no prelo. Seu e-book interativo de sucesso “O Rinoceronte de Clarice”, onze ficções, todas falando de Itararé, cada uma com três finais, um final feliz, um final de tragédia e um terceiro final politicamente incorreto, por ser pioneiro e de vanguarda, foi destaque na mídia como O Estadão, Jornal da Tarde, Folha de SP, Diário Popular, JBonline, Revista Época, Revista Ao Mestre Com Carinho, Revista Kalunga, Revista da Web, Minha Revista (RJ) etc. e também na rede televisiva, Programa “Metrópolis”-TV Cultura; Rede Band, Programa “Momento Cultural”, Márcia Peltier; Rede 21-Programa “Na Berlinda”, Programa “Provocações”, TV Cultura, Antonio Abujamra. A obra, por ser única no gênero e o primeiro livro interativo da Rede Mundial de Computadores, foi recomendada como leitura obrigatória na matéria “Linguagem Virtual” no Mestrado de “Ciência da Linguagem” da UNICSUL-Universidade do Sul de Santa Catarina. Também foi tese de mestrado na Universidade de Brasília, e tese de Doutorado na área de Semiótica na Universidade Federal de Alagoas (“Hipertextualidade, O Livro Depois do Livro;a Experiência Literária Hipertextual”. O texto acadêmico está disponível no site: www.biblioteca.universia.net/ - Link da Tese de Doutorado do e-book: http://bdtd.ufal.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=197 O Poetinha como é conhecido em Itararé, foi premiado nos concursos Paulo Leminski de Contos (Universidade do Oeste/PR), Ignácio Loyola Brandão de Contos; Prêmio Ligia Fagundes Telles Para Professor Escritor, Prêmio Biblioteca Mário de Andrade (Poesia Sobre São Paulo), Prêmio Fundação Cultural de Canoas, Prêmio Literal (Fundação Petrobrás), Prêmio Instituto Piaget (Lisboa, Portugal) Cancioneiro Infanto-Juvenil; Prêmio Elos Clube Comunidade Lusíada Internacional; Vencedor do Primeiro Salão Nacional de Causos de Pescadores, Prêmio Simetria Ficções e Fantástico, Portugal (Microconto), entre outros. Consta em mais de 500 sites como Estadão, Noblat, Correio do Brasil, Usina de Letras, Daniel Pizza, Wikipedia, Observatório de Imprensa, Perseu Abramo, Releituras, Cronópios, Aprendiz, Pedagogo Brasil, Palanque Marginal, Jornal de Poesia, Palavreiros, Letras & Livros, Convívio, Itália, Storm Magazine (Portugal), Politica Y Actualidad (Argentina), Poetas del Mundo (Chile), e outros. Publicado em mais de 100 antologias em verso e prosa, até no exterior (Antologia Multilingüe de Letteratura Contemporânea, Trento, Itália; Cristhmas Anthology, Ohio, EUA) e na Revista Poesia Sempre/Fundação Biblioteca Nacional (Ano 2000, Edição 500 Anos do Brasil, Gênero Poesia Brasileira Contemporânea). É autor do Hino ao Itarareense.

E-mail para contatos: poesilas@terra.com.br -


Blogues: www.campodetrigocomcorvos.zip.net e www.portas-lapsos.zip.net escolhido um dos melhores do UOL em 2008.

Santa Itararé das Letras, Cidade Poema




Ser de Itararé - 33 Razões do Álcool da Velha




Ser da Estância Boêmia de Itararé, é!


33 Motivos Para ser Fanático por Itararé

01)-Achar Itararé a mais bela aldeia do mundo, mesmo eventualmente não conhecendo direito o mundo, até porque, se Jesus Cristo tivesse nascido em Itararé, os três Reis Magos seriam o Jorge Chuéri, o Gustavo Jansson e o Walter Santana Menk02)-Ser um “fanático por Itararé” e adorar a Cidade-Poema acima e abaixo de todas as coisas reais e imaginárias, até porque, Itararé é a nossa Shangri-lá, nossa Pasárgada, nossa Jerusalém celeste aqui mesmo03)-Ser boêmio, bom de prosa afiada, contador de palha, pescador e até, aqui e ali, inventor do inexistente, até porque Itarareense não mente, inventa verdades que ainda não aconteceram de acontecer04)-Preferir ficar preso em Itararé do que livre e solto em qualquer outro lugar do Planeta Água, até porque, longe é um lugar que não existe, e assim mesmo lá não tem tubaína de limão-cravo do Vilela05)-Adorar biritar entre amigos, principalmente falando mal da vida alheia e sondando mulher pedaçuda com seios de manga-sapatinho, mãos de pianista, pés de bailarina, olhos de jade e pensão alimentícia de três maroteiros beiçudos e com amarelão06)-Torcer pro Clube Atlético Fronteira, o mais “glorioso, majestoso, poderoso” clube sócio-futebolístico da city.
07)-Ter algum dom natural, algum talento, pintar, escrever, jogar truco ou mesmo contar mentiras por atacado, até porque quem bebe a água da gruta da barreira sempre volta, o que não volta é a água que é urinada fora08)-Ser de esquerda, sempre. Fazer oposição por graceza, contenteza. Se há governo, é contra, esquerdista por legítima defesa da honra, da ética e em busca de um humanismo de resultados09)-Adora gandaias, forfés, micaretas, carnavais, quermesses, serenatas e, principalmente bordel e pescaria, principalmente se não levar marmita, isto é, se a patroa não for junto10)-Sacar antes o lance, saber bem de tudo quanto é assunto, mostrar dialética e ser loquaz entre amigos e morféticos curiosos, e nunca andar com canhão, quero dizer, mulher feia, a não ser que esteja muito “bêudo” ou picego11)-Defender Itararé a todo custo, haja o que houver, doa a quem doer, afinal, morrendo todo Itarareense será parte da terra Itararé, e, assim, é melhor cuidar bem da terrinha-nós-mesmos a partir do que seremos um dia no devir12)-Itarareense é “Andorinha sem Breque”, dá nó em pingo de chuva, desvia de cobra-fantasma, e assovia bem, até porque, como dizia o saudoso Barbosinha tocando Luar de Itararé...música é vento13)-Detesta amigos do alheio, desde corruptos e ladrões, não aceita gente de duas caras e mete a boca em tipo janota e boçal, muito menos gosta de ser palhaço de outro palhaço se olhando no espelho14)-Conta palha de que Itararé foi feita no sexto dia de criação, por isso Deus teve que descansar no Sábado lá no Bar do Tepa, já que tinha caprichado e cansou-se, depois foi pro forfé e pegou gosto.15)-Itarareense bebe porque é líquido. Se fosse sólido comeria. E bebe sim, vermes não comem pudins de cachaça16)-Todo Itarareense é anarquista teórico, marxista técnico, boêmio pela própria natureza, fanático por Itararé e social-democrata com visão ético-plural-comunitária17)-Todo Itarareense é pão duro ao extremo, cria escorpiões no bolso para não ter que atacar as algibeiras em caso de precisão de vida, morte ou desfrute de eventual biscataria self service18)-Itarareense não morre. Vira purpurina. Não nasce, estréia na Terra.Não é aparecido, é criativo, e sabe fazer bonito, no amor e na dor. Mas vai em velório e gosta de aparecer mais do que o próprio finado19)-Itarareense que não presta nasce morto. Ou vai nascer noutra freguesia do Paraná, logo depois da divisa do rio Itararé, lados de Sete Quedas, aliás, Oito quedas, se empurrar a sogra que não é boa bisca lá.20)-Itarareense adora fazer caridade com o dinheiro dos outros, assim como adora comprar fiado de caderneta e perder a caderneta. Sabe ser útil e solidário na hora hagá, e não acredita em artes que não sejam libertações.21)-Itarareense sabe que, sexo seguro é quando ele segura no seu próprio usucapião pra pinchar cervejadas fora, aliás, se cerveja se pagasse pelo que se urina, só se pagava o rótulo22)-Itarareeense-andorinha na dúvida em gastar ou poupar toma mesmo é suco da sabesp com petisco de língua de sapo chulé23)-O buraco da barreira é mais embaixo, andorinha grande é Taperá, quem não gosta de Itararé, boa bisca não é24)-Itararé não tem enxerido em vizinha alheia, tem liberal esquizofrênico25)-Itarareense não tem meio sexo. Os quase "moçoilas" vão todos estudar fora e querem diploma26)-Itarareense não morre, estréia no céu, mas antes passa pelo Asilo Jesus Tá Chamando, depois entra no Morgue Vá Com Deus e, finalmente, deita a paquera no Cemitério Lágrimas do Céu27)-Em Itararé, quem toma Coca Cola arrota pum, e sabe muito bem e com prazeirança que batatinha quando nasce vira fritas do Bar do Chico28)-Todo artista Itarareense é aplaudido em pé na Praça Coronel Jordão, até porque, a bem da verdade, lá não tem banco pra todo mundo se sentar29)-Em Itararé o vento sola saudades pegajenta do Maestro Gaya, do Fernando Milcores e das estrelas Irmãs Pagãs.30)-O defeito do itarareense é ser pão duro, daqueles que dá tiau com o punho para não gastar vão de dedo, e nem tem muito jegue júnior na prole para não gastar zona de fricção31)-Itararé tem Passarinho que anda de bicicleta e com chapéu de florzinha verde na gadelha, tem restaurante que fecha pra almoço e tem rio verde que não amadureceu ainda32)-Itarareense quando viaja, leva foto de Itararé só pra matar saudades e tomar umas e outras em homenagem à sua santa terrinha. Aliás, o melhor lugar do mundo é aqui e agora, e todo Itarareense sabe muito bem que, “Esteve em Itararé e não lembrou de ninguém/Pois quem não está em Itararé está sem33)-Itarareense pobre só come carne mesmo quando o feijão-rosinha tá bichado
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Santa Itararé das Letras

Itarareense-andorinha, a dor e a delícia de ser o que é
Habemus República Etílico-Rural de Itararé - It(ar)(ar)é!O Paulista de Itararé é mais paulista do que os outros paulistasO céu azul é o mar de ItararéItararé, verás que um filho teu não foge a lutaItararé, a história do Brasil passa por aquiMorro pelo Brasil, mato por Itararé Sou de Itararé, não desisto nunca
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Poetinha Silas Corrêa Leite
Sampa, Saudades de Itararé, do Jazz nasce a luz
E-mail: poesilas@terra.com.brwww.itarare.com.br/silas.htm

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