Lançamento, Romance Social
Lançamento do livro O Lixeiro e o
Presidente, de Silas Corrêa Leite
O Lixeiro e o Presidente
Mais do que um chamado “romance
social” datado, crítico, irônico e destroçador, além de ser mais uma obra
polêmica e diferenciada do autor, “O lixeiro e o presidente” tem tom de
denúncia, de apontamento, investe na reconstrução sistêmica por meio da ironia
e de outras escol(h)as literárias para, a partir desse lugar de fala/escuta da
literatura levantar material histórico e repensar o espaço público. O LIXEIRO E
O PRESIDENTE por meio de memória histórica/política/literária possibilita
repensarmos aquilo que é/seria o agora da vida no âmbito público, mediante as
vigas históricas desse finito, ou sistema que o antecede (…) “O lixeiro e o
presidente” tem uma narrativa difícil de catalogar; seu gênero textual torce a
ideia de romance e se aproxima da crônica, e do texto acadêmico, pois também é
teórico. Um aspone ao lado de um Fernando Dois (e de “Fernando em Fernando o
Brasil foi se ferrando”, disse o poeta), contando como é, como foi. Lixos,
desmandos, bastidores e acontecências de um Palácio do Planalto em que a faixa
presidencial foi literalmente jogada no lixo, e o real do plano econômico foi
um embuste, sustentado por privatizações-roubos, (privatarias), moedas podres,
engavetamentos de denúncias, entre achismos e mesmices de dentaduras,
nhenhenhéns e outras falcatruas palaciais. O LIXEIRO E O PRESIDENTE vai botar a
boca no trombone. Salve-se quem puder. Prepare-se. Entre pela porta dos fundos
da história e remexa o lixo antes que proíbam o perigoso livro.
Inverno 2019 - ISBN:
978-65-80103-30-0
198 págs. Selo SENDAS da Kotter
Editora, Pr
O AUTOR:
Silas Corrêa Leite
Poeta e escritor premiado nas
horas vagas de reger aulas vivas, um criador que vaza pensares sobre seu tempo
tenebroso (Brecht), sentidor e inventariante de incêndios, o autor Silas Corrêa
Leite, zen-boêmico pela própria natureza, sonha consertar discos voadores, e,
como disse no Programa Provocações da TV Cultura, de Antonio Abujamra, “corta
os pulsos com poesia”. Plantador de livros polêmicos e diferenciados, acredita
na arte como libertação, escreve alucilâminas, desvairados inutensílios e
bulbos da sociedade pústula, ganhou prêmios de renome, consta em antologias e
sites importantes, até no exterior. Sua frase predileta é “Feridos
Venceremos”. O LIXEIRO E O PRESIDENTE é
apenas um relato dessa turva terra brasilis, feito antena da época (Rimbaud),
pois, parafraseando Caetano Veloso, “desperto ninguém é normal”, e, se toda a
história é remorso (Drummond), nesses bicudos anos neoliberais de muito outro e
pouco pão, somos todos animais perante a lei, mas o homem-animal-político
(Aristóteles) berra as sequelas sociais do ódio customizado, pois, como cantou
Cazuza, os imbecis estão no poder, e o fascismo que sempre está no cio
(Maiakovski) fede. Contar é preciso. Salve limpo perdão da esperança? A arte
como libertação. O LIXEIRO E O PRESIDENTE como registro e delação.
Contatos com o autor: poesilas@terra.com.br
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