Poema
EXILIO
Escrever
É meu autoexílio.
Perdoem
as ilhas de fantasia.
Vejo o
mundo
como um
peixe no liquidificador
Vê a mão
Que
aperta o botão.
Sou
insolúvel.
Escrevendo
tiro a aura
Para
dançar.
Escrevivo
para
existir-me (um pouco melhor)
Numa realidade
substituta.
Não me
sinto bem,
entre
humanos.
Sou um
caco de vidro de espelho
no
cérebro de minha solidão-coivara.
Às vezes
me simplifico
para
tentar conviver com os outros.
Tenho
medo do humano pouco humano; os outros.
Não
procuro rimas. Mas endorfina.
Não
escrevo estrofes. Mas placebos.
Que
insulina é a POESIA na minha triste amargura?
Existir
é tão pouco, não faz sentido...
Preciso
tomar comprimidos para acordar?
Leio as
vísceras da civilização.
Para
isso fomos feitos?
Caço o
que fazer. A rotina mente e empareda.
Escrevo
feito um surto-circuito. Perdoem os endereços.
Somos todas
cobaias do inferno.
Morrer é
a única saída.
No
exilio de minhas escritas, dissipo escuridões e abismos, e me imanto; me
neutralizo...
Às vezes
escrever é uma prancha terminal de navio pirata.
Outras
vezes ilha, sextante e bússola,
onde me
encontro com o que resta,
De minha
sanidade possível.
-0-
Silas
Corrêa Leite
E-mail: poesilas@terra.com.br
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