QUANDO FUI CHUVA
Quando fui chuva
Esperavam que eu chovesse
Mas eu chorei todas as lágrimas do mundo...
Havia um escorredor de macarrão e uma janela
Que dava para ver todas as almas perdidas do mundo
E passavam as tristezas todas pelo coração de uma mulher
Que me estendeu a mão
Quando fui árvore
Meus braços de bicho folhudo
Tinham pássaros mas eu não sabia voar...
Raiz no chão, copa no céu, frutos e flores
Mas eu queria sair de mim pelas asas do vento
E então me encorpei na chuva e fui chuva por algum tempo
Quando me perdi de mim
Quando fui poeta
E chuva e árvore e relâmpago
E também rio e nuvem; e havia aquela mulher...
Que me estendeu a mão – e misturava trigo, ovos, água
E no macarrão havia as minhas lágrimas que alimentariam
Meu espírito. Para que eu sobrevivesse
Pela alma dessa mulher
-0-
Silas Correa Leite – Santa Itararé das Artes
E-mail: poesilas@terra.com.br
www.portas-lapsos.zip.net
ou www.artistasdeitarare.blogspot.com/
(Foto: Chegada em Itararé, Terra-Mãe)
Quando fui chuva
Esperavam que eu chovesse
Mas eu chorei todas as lágrimas do mundo...
Havia um escorredor de macarrão e uma janela
Que dava para ver todas as almas perdidas do mundo
E passavam as tristezas todas pelo coração de uma mulher
Que me estendeu a mão
Quando fui árvore
Meus braços de bicho folhudo
Tinham pássaros mas eu não sabia voar...
Raiz no chão, copa no céu, frutos e flores
Mas eu queria sair de mim pelas asas do vento
E então me encorpei na chuva e fui chuva por algum tempo
Quando me perdi de mim
Quando fui poeta
E chuva e árvore e relâmpago
E também rio e nuvem; e havia aquela mulher...
Que me estendeu a mão – e misturava trigo, ovos, água
E no macarrão havia as minhas lágrimas que alimentariam
Meu espírito. Para que eu sobrevivesse
Pela alma dessa mulher
-0-
Silas Correa Leite – Santa Itararé das Artes
E-mail: poesilas@terra.com.br
www.portas-lapsos.zip.net
ou www.artistasdeitarare.blogspot.com/
(Foto: Chegada em Itararé, Terra-Mãe)
Nenhum comentário:
Postar um comentário