0,20 – Todos Têm o Direito de Se Indignar
“... Há criticozinhos-daslu, mal amados, ou não
Todos eles com roupas de grife, sprays e energético importados na mão
Não sabem o que acham que sabem, e assim lambem sabão
A ditadura de seus pais não lhe ensinou antiga lição
São quase todos iguais, brancos de braços dados ou não
Mas falta pobre, preto, favelado, operário nessa construção
De trabalhar pela pátria emergente e sonhar uma nação...
(Paródia Para Não Dizer Que Não Falei de Flores, Geraldo Vandré)
Num regime democrático todos têm o direito de criticar
Num regime ditatorial; mais do que nunca, o direito de se indignar
Pois uma resolução da ONU prevê que o povo se volte armado contra seus ditadores de penicos na cabeça e armas na mão
Que democracia é libertária sem inclusão social
Em que a tendenciosa mídia amoral faz a cabeça de incautos, mal informados, mal formados como cidadãos
E denuncia sem provas, sentencia sem trânsito em julgado
Aliando-se a agiotas do capital estrangeiro que quer um Brasil rico só para ricos; modelito inumano made in Samparaguai, o Estado Máfia
E provoca revolta de inocentes inúteis com sonhadores no mesmo refrão
Alguns criticozinhos-daslu que vão na onda porque é moda
E o medo desse Brasil emergente além de ter criado monstros, criou amebas, filhotes dos new-richs das privatizaçoes-roubos
Infiltrados, diferenciados, baderneiros, aproveitadores e, sim, críticos legítimos na ordem unida de rebeldes com causas e efeitos
Alguns quase noias de bandeiras na mão, roupas de grife, energético e sprays importados
Filhotes de uma elite que de uma hora para outra quer mudanças para voltar o antro anterior
Que derrubaram Collor e elegeram Maluf e Serra dez vezes piores
E agora choram por VINTE centavos
Quando não pararam São Paulo e o Brasil quando quebraram o país e venderam a Vale do Rio Doce a preço de banana
Ou quando o PCC fez Samparaguai refém; de bandidos matando policiais e policiais explodindo cofres de bancos
Ou de Professores em São Paulo ganhando salário de mendigo e não têm vinte centavos de aumento por quase 18 anos
De um cínico estado mínimo que fez do estado mais rico do Brasil
O impune estado mais corrupto do Brasil
Um Carandiru a céu aberto
Um Pinheirinho a céu aberto
Uma Cracolância a céu aberto
E nunca teve passeata, protesto, critica, nem por muito mais do que vinte centavos...
VINTE CENTAVOS
-Claro que não é apenas por vinte centavos
-Todos têm o direito de se indignar
-Claro que se unem sonhadores, incautos, boys com abóboras selvagens, cachorras enrustidas e lá vai a massa de manobra toda em pompa
Mais de uma semana sem trabalhar; brancos, ricos, alunos da USP, partinhos de aluguel, infiltrados
Cadê os mestiços, pobres, favelados, negros, ameríndios, migrantes e imigrantes latinos ilegais
Estão trabalhando - São Paulo não pode parar - por algo mais do que vinte centavos, no neoescravismo da terceirização inumana de Sampa
Enquanto a cidade sitiada, a situação pilhada, e um governador banana por dezoito anos no poder, incompetente e eleito por um morto
Tem medo e não sabe o que fazer de seu medo-rabo, feito um Pinóquio de Chuchu.
O povo na rua sem saber direito o que fazer do que faz com direito pleno – os moradores de rua assustados
Mais as patricinhas e mauricinhos de criticozinhos-daslu arrotando o ódio guardado desde muito tempo em viagens à Disneylândia
Filhotes de tucanos, de fascistas, da burguesia, da elite, dos diferenciados de Higienópolis e do Morumbi; e alguns sóbrios e éticos pacifistas, sonhadores sem chão
Um quase-povo-vinte-centavos na mistureba entre os que depredam ônibus, saqueiam lojas, quebram instituições
E não sabem o que fazer do que sabem, ou do que pensam que sabem, achando que são o que não são – vão na aleluia do roldão
Cérebros barrinhas de cereais de vinte centavos
Camelôs de si mesmo que não sabem do narco-contrabando informal que manda em Sampa entregue às moscas
Corrupção endêmica institucionalizada em todos os níveis – impunidade por atacado, capital latino-americana da corrupção
Com suas máfias do lixo, do transporte público, do Roubo-Anel, das privatarias, dos pedágios-quadrilhas
E que ficaram quieto quando o pior acontecia e eles alienados pela mídia amoral
Agora brigam sem saber para quando, para onde, como enrustidos sonhadores inocentes inúteis compondo a banda podre de parte de uma manada cagando godê
Ai de ti Samparaguai, o Estado Máfia!
Uma perua Tiazinha ameba que arrota Miami e cheira esgoto diesel
Logo grita Fora Dilma - porque é uma mulher mal amada e infeliz e nem sabe direito o que é amor e prazer, sua falta de orgasmo é cheia de mágoa no lado b de sua insensibilidade
Um tio fala que a canalha de 64 espia voltar ao poder
Sem sacar que os podres que herdamos deles, as sequelas, são desse mesmo militarismo incompetente, senil, decrépito e corrupto no processo histórico
E querem comparar seis meses de Haddad com 18 anos do Pinóquio de Chuchu que deverá ser canonizado pela Opus Dei da idade das trevas
Porque de sonhos, ideologias e conhecimento lógico sequencial de política, historia e economia
Mal sabem uns míseros vinte centavos
Corruptos e ladrões de São Paulo gritam: chega de roubalheiras
E roubam, glosam, só em SP, 80 bilhões de Imposto de Renda são roubados por ano...
Porque estão na pior oposição da história da república
E só sabem o que dá no open doping da globo filhote da canalha de 64
Partidinhos-currais de aluguel vão à mídia televisiva e gritam por mobilização rastaquara
Pendurados em antros de escorpiões palaciais com altos salários de autarquias-fantasmas
Moralistas de cérebros de galinhas e consciência de vinte centavos
Enquanto a realidade é outra, a verdade é outra
E há atravessadores, aproveitadores e racistas entre os infiltrados, baderneiros e filhotes de Médici, Maluf, FHC ET caterva
Operacionalizado o que acham que é rebelião, o que é democracia, e entre os que são leais e são verdadeiros
Os que querem o país quebrado de volta, para que o capitalhordismo americanalhado made in Samparagui, o Estado Máfia
Volte ao poder e se alie à ALCA, e o país continue ilhota da América Rica das Estrelas de Sangue
Hino Nacional? Cantam no Metro mais caro do mundo
Obras faraônicas superfaturadas - por isso não saíram às passeatas não criticaram, não foram rebeldes, não se doparam nessa intenção.
Com seus cérebros Vinte Centavos e seus conhecimentos alienados entre verdades inventadas e mentiras repetidas à exaustão
Para que acreditem e marchem sem saber pra onde ou quando ou sim ou não
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Branquinhos com suas roupas de grife, seus sprays importados e energéticos na mão
Com os assustados operários, pretos, pobres, favelados, passageiros de ônibus depredados assistindo a estranha e branquela procissão
Sem saber o que são aquilo. O que é aquilo – vinte centavos não
Não querem dar sua cota de dor, aos filhinhos de papai na contramão
E não são vinte centavos: são a sofrida maioria da população!
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Cyber Poeta Silas Correa Leite
E-mail: poesilas@trerra.com.br
WWW.portas-lapsos.zip.net
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